Boro, cultivar e local de cultivo afetam a produtividade de aquênios e óleo de girassol?
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de Doutorado em Fitotecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1192 |
Resumo: | Na cultura do girassol, a adubação com boro (B) tem sido decisiva na produtividade de aquênios e de óleo. A escolha da cultivar e da época de semeadura é fundamental para atingir altas produtividades de aquênios com óleo de melhor qualidade. Objetivou-se, com este trabalho, avaliar o estado nutricional, a produtividade de aquênios e o teor de óleo de três cultivares de girassol como variáveis de doses de B e de dois locais de cultivo (Januária- MG e Coimbra-MG). Foram realizados quatro experimentos. No primeiro experimento, aplicaram-se as doses de 0; 3; 6; 9 e 12 kg ha-1 de B. A cultivar utilizada foi a M-734. O delineamento foi em blocos ao acaso com quatro repetições. Os demais experimentos foram instalados em Coimbra-MG e em Januária-MG. Em Coimbra, o primeiro experimento foi realizado no período de março a agosto (Coimbra março/2010) e o outro de maio a setembro (Coimbra maio/2010). Em Januária, o experimento foi realizado no período de março a julho (Januária março/2010). As cultivares utilizadas foram BR-122/V2000, M-734 e MG-02. Nesse experimento as doses foram de 0 e 6 kg ha-1 de B. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso com quatro repetições. O arranjo fatorial foi de 3 cultivares x 2 doses de boro nos três locais de cultivo. Foram avaliados os teores de N, P, K, Ca, Mg, S e B, Fe, Mn, Zn e Cu na folha e no aquênio, bem como o teor de óleo, a composição dos ácidos graxos da fração lípidica e o teor de proteína. Foram determinados a produtividade e a massa de mil aquênios e o rendimento do óleo. Para o experimento que determinou o teor crítico de B no solo e na folha, utilizou-se análise de regressão. No trabalho que avaliou o efeito das cultivares e das doses de B nos três ambientes aplicou-se o teste Tukey quando necessário. As doses de máxima eficiência técnica e econômica foram de 6,29 e 3,13 kg ha-1 de B, respectivamente. O nível crítico de B nas camadas de 0-20 cm e 20-40 cm do solo para obter a máxima eficiência econômica com a aplicação de B foi de 0,44 e 0,43 mg dm-3 de B, respectivamente. O nível crítico de B na folha índice com a dose de máxima eficiência econômica foi de 32,4 mg kg-1 de B. As doses de B não afetaram o teor de óleo, tampouco a composição dos ácidos graxos palmítico, esteárico, oleico e linoleico. A adubação com B aumentou o teor de K na folha índice no cultivo de Coimbra com semeadura em março e maio, independente da cultivar. A cultivar BR-122/V2000 apresentou maior teor de P na folha quando cultivada na presença da adubação com B. A média dos teores dos nutrientes na folha nos três experimentos seguiram a sequência decrescente para os macronutrientes K>N>Ca>Mg>P>S e para os micronutrientes Mn>Zn>B=Fe>Cu. As cultivares M-734 e MG-02 apresentaram maior produtividade de aquênios em Januária. Nos cultivos de Coimbra, as cultivares apresentaram produtividades similares. Nesse local, a semeadura em maio reduziu a produtividade de aquênios das cultivares. A cultivar BR122-V2000 aumentou o conteúdo de proteína sem comprometer o teor de óleo quando a temperatura do ar foi maior na fase de maturação. Essa cultivar dependeu de maior temperatura do ar para sintetizar mais ácido graxo oleico. A cultivar M-734 sintetizou maior teor de palmítico quando a temperatura do ar foi menor. A síntese de ácido graxo oleico e linoleico na cultivar MG-02 não variou com as condições de cultivo. A síntese do ácido graxo esteárico das cultivares não variou com as alterações da temperatura do ar. O cultivo em Januária com semeadura em março proporcionou maior teor de ácido graxo oleico. O maior percentual de ácido linoleico foi verificado em Coimbra na semeadura em março. |