Efeito da suplementação com progesterona de longa ação no desenvolvimento embrionário, fetal, pós-natal e na perda gestacional de fêmeas Nelore

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silenciato, Lara Nogueira lattes
Orientador(a): Mello, Marco Roberto Bourg de lattes
Banca de defesa: Mello, Marco Roberto Bourg de lattes, Oliveira, Rodrigo Vasconcelos de lattes, Barbero, Rondineli Pavezzi lattes, Camargo Filho, Sergio Trabali lattes, Dias, Angelo José Burla lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
TAI
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18247
Resumo: O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da progesterona injetável de longa ação (P4LA), administrada no início do diestro (sete dias após a inseminação), sobre o desenvolvimento embrionário, fetal e pós-natal, assim como sobre a taxa de prenhez e perda gestacional de fêmeas Nelores. Para tanto, foram desenvolvidos dois experimentos, sendo que no primeiro, o objetivo foi determinar os efeitos da suplementação de P4LA sobre as taxas de prenhez e de perdas gestacionais. Assim, 403 fêmeas (novilhas e vacas) foram submetidas ao mesmo protocolo de sincronização da ovulação para realização de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). Após a realização da IATF, os animais foram divididos em dois grupos de acordo com o escore de condição corporal, ciclicidade e presença de bezerro ao pé, de maneira que em cada grupo, houvesse proporção semelhante de fêmeas levando em consideração estas três variáveis. O grupo P4 (GP4; n=208) foi constituído por fêmeas que receberam 150 mg de P4LA (Sincrogest® Injetável, Ourofino, Cravinhos/SP), via intramuscular, em dose única, e o grupo Controle (GC; n= 195), por fêmeas que não receberam nenhuma suplementação hormonal após a IATF. O diagnóstico de gestação foi realizado aos 30 e 90 dias pós-IATF por ultrassonografia transretal. No segundo experimento, o objetivo principal foi avaliar o efeito da suplementação de P4LA sobre o desenvolvimento embrionário, fetal e pós-natal. Para tanto, foram utilizadas 119 fêmeas gestantes provenientes do experimento I. Amostras de sangue foram coletadas nos dias 17 e 30 pós-IATF, para determinação da concentração de progesterona. O desenvolvimento embrionário foi avaliado aos 30 dias de gestação pela mensuração ultrassonográfica do comprimento crânio-caudal (CRL - crown-to- rump length). Para avaliação do desenvolvimento fetal, foi mensurado o diâmetro torácico (DTO) aos 45 dias de gestação, tomando-se a medida ultrassonográfica da distância máxima entre as extremidades laterais do tórax. O desenvolvimento pós-natal foi avaliado pelo peso ao nascimento. Os dados dos dois experimentos foram submetidos à análise de correlação linear de Pearson, regressão logística binária e ajuste de modelo para análise de variância pelo teste de Wald. A estatística de teste para a significância dos coeficientes foi realizada pelo teste z. As variáveis quantitativas foram comparadas pelo teste t de Student, a 5% de probabilidade. No experimento I, não foi observada diferença significativa entre os grupos GP4 e GC para a taxa de prenhez e perda gestacional (0,3 e 0,61, respectivamente). No experimento II, também não houve diferença entre os grupos suplementados ou não com P4LA em relação à concentração de progesterona mensurada nos dias 17 e 30 pós-IATF (0,73 e 0,62, respectivamente) assim como não foi observada diferença para o desenvolvimento embrionário, fetal e pós-natal (0,59, 0,09 e 0,64, respectivamente) em relação ao grupo suplementado e controle. Conclui-se que a utilização de P4LA no início do diestro, não foi uma estratégia eficaz para melhorar a taxa de prenhez e diminuir a perda gestacional, além de não interferir no desenvolvimento embrionário, fetal e pós-natal de fêmeas Nelore submetidas à IATF.