Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Souza, Graziele Calixto
 |
Orientador(a): |
Bittencourt, Avelino José
 |
Banca de defesa: |
Bittencourt, Avelino José
,
Chambarelli, Melissa Carvalho Machado do Couto
,
Costa, Gisela Lara da
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
|
Departamento: |
Instituto de Veterinária
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20743
|
Resumo: |
A utilização da colheita mecanizada e o processamento da cana de açúcar nos dias atuais, geram subprodutos que ajudam na proliferação de Stomoxys calcitrans (Linnaeus, 1758), que acomete várias espécies de animais domésticos e o homem, provocando prejuízos econômicos devido à ocorrência de surtos. Com o uso constante de produtos químicos para o controle da mosca dos estábulos, observa-se a resistência aos mesmos e isso levou ao aprofundamento dos estudos em controle biológico, onde os nematoides entomopatogênicos (NEPs) aparecem como organismos com potencial uso para o controle biológico. O objetivo do presente estudo foi verificar a eficiência de Heterorhabditis bacteriophora – HP88 e H. baujardi – LPP7, mantidos em diferentes temperaturas de vinhoto sobre larvas de S. calcitrans em laboratório. Cada unidade experimental foi constituída de dez larvas de terceiro instar colocados em potes plásticos contendo quatro mililitros da solução de vinhoto a 50%. Em cada tratamento foram adicionados 300 juvenis infectantes de H. bacteriophora – HP88 ou H. baujardi – LPP7 por larva na solução de vinhoto acima descrita, aquecidos durante dez minutos nas temperaturas de 25, 28, 31, 34, 37 e 40°C, os grupos tratados e os grupos controles do experimento foram mantidos em câmara climatizada tipo BOD a 25±1°C e 70±10% UR. Ao todo foram realizadas seis repetições para cada tratamento, sendo observado a mortalidade diariamente por um período de 15 dias. Os resultados foram avaliados após os testes de normalidade por Shapiro-Wilk e Kolmogorov-Smirnov, e utilizou-se o procedimento GLIMMIX a 5% de probabilidade no software SAS/STAT® 13.1, verificou-se que não houve diferença estatística entre os grupos tratados, grupos controles e temperaturas para taxa de mortalidade de larval (P=0,8573), percentual de pupas mortas (P=0,1782) e emergência de adultos (P=0,4386). Quando avaliados apenas os grupos com presença e ausência de NEPs, foram observadas as taxas de mortalidade larval de 30% e 14,17% para H. bacteriophora – HP88 e H. baujardi – LPP7 respectivamente, enquanto que os grupos controles apresentaram 3,89% no H. bacteriophora – HP88 e 8,61% H. baujardi – LPP7. Na avaliação das temperaturas, foram observadas diferenças estatísticas significativas apenas nas temperaturas 37 e 40 oC do H. baujardi – LPP7 na taxa de mortalidade larval. Nas taxas de mortalidade pupal, o grupo com H. bacteriophora – HP88 apresentou médias de 32,5, 34,17 e 27,5% nas temperaturas de 25, 31 e 34 oC, respectivamente. No grupo com H. baujardi – LPP7 as temperaturas de 37 e 40 oC apresentaram 40% e 37,5% de mortalidade pupal. Na análise da taxa de emergência de adultos, houve uma menor emergência nas temperaturas de 25, 28, 31 e 34 oC no grupo com presença de H. bacteriophora – HP88 e o grupo com H. baujardi – LPP7 com as menores taxas de emergência de adultos nas temperaturas de 37 e 40 oC. Os resultados do estudo mostram que houve uma diminuição da mortalidade dos estágios imaturos de S. calcitrans causada pelos NEPs mantidos em diferentes temperaturas de vinhoto, quando comparado a outros estudos sem o aquecimento do mesmo. Existe a necessidade de mais estudos para adequar o uso dos NEPs juntamente com vinhoto, aquecido ou não. |