Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Silva, Debora de Souza
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Orientador(a): |
Araújo, Francisco Gerson
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Banca de defesa: |
Queiroz, Jarbas Marçal de,
Omena, Elianne Pessoa |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11359
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Resumo: |
A Baía de Sepetiba abriga os principais remanescentes de manguezais do município do Rio de Janeiro e um dos principais conjuntos desse ecossistema em todo o estado. Este estudo tem por objetivo descrever variações espaciais e temporais da comunidade bentônica e as relações com as variáveis ambientais, em um canal de maré da Baía de Sepetiba, além de descrever a comunidade de peixes desta área e procurar detectar possíveis associações com a comunidade bentônica. A hipótese testada é de que a comunidade bentônica em um canal de maré (Canal do Bacalhau) muda de acordo com a distância da conexão com o mar, com gradientes da textura do sedimento e da profundidade, e ao longo das estações do ano. O Canal do Bacalhau tem uma extensão de aproximadamente 2,2 km, e estabelece ligação entre o Manguezal de Guaratiba e o Oceano Atlântico. As amostragens foram realizadas entre Outubro/2008 e Agosto/2009, em quatro localidades ao longo do canal. Foram definidas coletas procurando abranger condições caracterizadas das diferentes estações do ano: Verão (Janeiro e Fevereiro), Outono (Abril e Maio), Inverno (Julho e Agosto) e Primavera (Outubro e Novembro). A coleta do substrato foi feita na maré baixa ao longo de um transect, com quatro estratos pré-definidos (desde amostras da vegetação marginal até amostras do sedimento no interior do canal) com três repetições. Para a coleta dos peixes foram utilizadas tarrafas de diâmetros 2, 3 e 3,5 m e malhas de 5, 15 e 20 mm entre nós adjacentes, efetuandose 20 lances em cada local junto à margem e em suas proximidades. Em cada local foram tomados os parâmetros ambientais de temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido, pH, turbidez e condutividade. O sedimento do canal de mangue foi predominantemente arenoso, com os pontos mais próximos da conexão com o mar e os estratos mais internos ao canal apresentando as frações mais grosseiras. A porcentagem de carbono orgânico foi maior no sedimento mais fino, apresentando maiores concentrações na Primavera. O canal apresentouse homogêneo em relação às variáveis físico-químicas da água que variaram temporalmente. A comunidade bentônica foi composta por 35 taxons, dentre os mais abundantes destacam-se Polychaeta, Isopoda e Tanaidacea. Microcrustáceos foram predominantemente associados à vegetação marginal enquanto Polychaeta distribuiram-se principalmente nas camadas mais finas do sedimento. A ictiofauna foi composta por 24 espécies, sendo dominada numericamente por Diapterus rhombeus, Eucinostomus argenteus e Mugil liza. Não foi detectada significativa variação temporal na composição e estrutura da ictiofauna, embora o outono tenha apresentado maior consistência na ocorrência das espécies. A comunidade de peixes não apresentou significativa associação com a comunidade bentônica, apesar de algumas associações específicas terem sido detectadas. |