Concentração de progesterona, metabólito de PGF2α e mudanças na expressão gênica do endométrio causado pela presença do embrião em éguas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Castro, Thadeu de lattes
Orientador(a): Jacob, Júlio Cezar Ferraz
Banca de defesa: Jacob, Júlio Cezar Ferraz, Mello, Marco Roberto Bourg de, Jesus, Vera Lucia Teixeira de, Pinna, Aline Emerim, Gomes, Gustavo Mendes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10147
Resumo: O objetivo do presente estudo foi caracterizar a relação entre as concentrações de progesterona (P4) e metabólito de PGF2α (PGFM) durante o período interovulatório em éguas não gestantes e comparar com o mesmo período em éguas gestantes, e avaliar efeitos local do embrião na expressão gênica endometrial durante o dia (dia 12, dia 0 = ovulação) de máxima mobilidade embrionária. Este estudo foi realizado em dois experimentos e é apresentado em dois capítulos respectivamente. No primeiro experimento, foram utilizadas égua não gestantes (n = 8) e éguas gestantes (n = 9) para avaliar as concentrações de P4 e PGFM. A hipótese 1 foi que as concentrações diárias de PGFM aumentam na interseção entre o final do aumento de P4 e a diminuição gradual de P4 (~ dia 6) em éguas não gestantes. A hipótese 2 foi que éguas gestantes têm pulsos de PGFM de baixa amplitude durante os dias correspondentes aos pulsos de alta amplitude na luteólise em éguas não gestantes. A concentração de P4 aumentou entre o dia da ovulação e ~ dia 6, e em seguida, diminuiu gradualmente até o início da luteólise em éguas não gestantes. Antes do início da luteólise, não houve diferença significativa na concentração de P4 entre as éguas não gestantes e gestantes. Nas éguas não gestantes, a concentração de PGFM aumentou no dia anterior ao início da luteólise (P < 0,04) e atingiu média máxima (42,9 ± 11,6 pg/mL) no dia 14. Nas éguas gestantes, um aumento inédito de PGFM ocorreu a partir do dia 12 até uma média máxima no dia 15 (16,7 ± 3,1 pg/mL). As concentrações diárias de PGFM não foram diferentes entre as éguas não gestantes e gestantes até antes da luteólise nas éguas não gestantes. Durante as sessões de 8 horas de coleta das amostras, as concentrações média e máxima de PGFM foram significativamente maiores nas éguas não gestantes do que nas éguas gestantes para cada sessão de 8 horas nos dias 13, 14 e 15. Os pulsos foram igualmente pequenos para os conjuntos de dias 4–7 e 9–11 nas éguas não gestantes e para todos os conjuntos de dias nas éguas gestantes. No segundo experimento, a expressão gênica do endométrio foi comparada entre o corno uterino com e sem o embrião de éguas gestantes (n = 13) e nos cornos uterinos de éguas não gestantes (n = 10). A hipótese 3 foi que há um aumento na produção de PGE2 e PGF2α no corno uterino adjacente ao embrião. Escova de citologia uterina foi utilizada para coletar amostras no seguimento médio de cada corno uterino no dia 12. Nas éguas não gestantes, não houve diferença na expressão gênica de qualquer gene avaliado entre os cornos uterinos ipsilateral e contralateral ao CL. Para a expressão gênica dos receptores de estrógeno, ESR1 foi menos (P < 0.03) e ESR2 foi mais (P < 0.04) expressado em éguas gestantes do que em éguas não gestantes. A expressão gênica do gene relacionado a síntese de PGE2 (PTGES) foi maior (P < 0.05) no corno uterino com (1.40 ± 0.10) do que sem (0.89 ± 0.10) o embrião e foi mais expressado (P < 0.05) no corno uterino com o embrião do que nos cornos uterinos das éguas não gestantes (1.06 ± 0.10). Conclui-se que (1) não há um aumento de PGFM na interseção entre o final do aumento de P4 e a diminuição gradual de P4 (~ dia 6); (2) éguas gestantes têm pulsos de PGFM de baixa amplitude durante os dias correspondentes aos pulsos de alta amplitude na luteólise em éguas não gestantes; (3) o embrião regula localmente a síntese de PGE2 no endométrio adjacente ao embrião.