Adaptação de metodologia de digestão in vitro e determinação da bioacessibilidade in vitro de Beta-caroteno em três variedades de batata-doce de polpa alaranjada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Giori, Fernanda Peixoto lattes
Orientador(a): Godoy, Ronoel Luiz de Oliveira lattes
Banca de defesa: Moura, Mirian Ribeiro Leite, Ascheri, José Luis Ramírez, Borguini, Renata Galhardo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11026
Resumo: O Brasil foi classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como área de carência sub-clínica grave de vitamina A. Assim, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) vêm selecionando e melhorando variedades de batata-doce com teores maiores de Beta-caroteno, composto pró-vitamina A. A quantidade de carotenóides pró-vitamina A presentes nos alimentos não corresponde necessariamente àquela quantidade absorvida e metabolizada pelo organismo. Para uma melhor determinação destes valores e conhecimento dos mecanismos de transporte e absorção deste composto, faz-se necessário, o entendimento dos fatores que levam à sua liberação da matriz do alimento, até a extensão de sua absorção, bem como a influência na promoção e manutenção da saúde humana. A fim de realizar estudos preliminares de sua absorção, este trabalho visa determinar a eficiência de micelização de Beta-caroteno de batata-doce de polpa alaranjada (Ipomoea batatas, Lam.), através da aplicação de digestão in vitro, como ferramenta de determinação da bioacessibilidade, etapa preliminar para a determinação da biodisponibilidade. Esta metodologia visa simular as etapas de digestão oral, gástrica e intestinal humana. Foram pesados 10g de amostra in natura e adicionados 5% (p/p) de óleo de canola. A extração do alimento foi realizada com acetona e éter de petróleo e a da fração micelar, com éter de petróleo, NaCl 10%(p/v) e NaSO4 2%(p/v) . Enzimas como: a-amilase, pepsina, bile, pancreatina, lipase e mucina, bem como compostos inorgânicos, tais como KCl, KSCN, NaH2PO4, Na3PO4, NaOH, NaCl, CaCl2, HCl, NaHCO3. As variações fisiológicas foram reproduzidas pelo banho de aquecimento com giro orbital (37ºC) e centrifugação (5000g;45 min). A quantificação e determinação do perfil de carotenóides foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), com coluna YCM® Carotenoid C30 S-3 de 4,6 x 250mm. A quantificação de carotenóides totais foi realizada por espectrofotometria UV-VIs. Todo o procedimento foi executado sob temperatura (25ºC) e luz controlada. O Beta-caroteno estava presente majoritariamente, com teores de 86%, 73% e 82%, para as variedades 1, 2 e 3 e após a digestão, o perfil do Beta-caroteno passou a configurar teores de 96%, 89% e 100%, respectivamente. A eficiência de micelização foi de 23,8%, 28% e 28,9% para as variedades 1,2 e 3, indicando a transferência do - caroteno da matriz do alimento para as micelas, correspondendo a bioacessibilidade deste composto. Esta metodologia demonstrou-se mais rápida e mais barata, quando comparada aos estudos in vivo, que são mais onerosos, complexos e demandam mais tempo.