Ensaios: achados e perdidos de uma pesquisa entre formação de professores e relações interraciais
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13042 |
Resumo: | Esta pesquisa é um trabalho com narrativas e se desenvolve no campo dos estudos da educação para as relações étnico- raciais. Os esforços implicados neste trabalho se deram na tentativa para compreender um pouco melhor aspectos do racismo brasileiro impregnados nos cotidianos das escolas, da educação e nos processos de subjetivação. Para isto, encontrei com cinco professoras que lecionam em escolas da Baixada Fluminense- Ana, Cláudia, Letícia, Vaniele e Cislene - com a intenção de que elas oferecessem pistas de como as discussões e aplicações da Lei 10.639/03 vem se dando nas escolas onde atuam. No entanto, os encontros trouxeram muitas inquietações. Uma delas foi ver que esta pesquisa não daria um passo sequer sem a minha presença dentro dela. E que fui atrás das professoras muito mais com o intuito de buscar nelas aquilo que não teria coragem de falar. Esta pesquisa, então, trata das implicações dos encontros entre as minhas dificuldades em assumir a dificuldade racial e com as dificuldades de outros professores com a problemática da negação e do silenciamento do racismo. Só foi possível dar corpo a esta narrativa assumindo riscos e reivindicando o ensaio como linguagem da experiência (LARROSA, 2012; SKLIAR, 2012). Autores como Gomes (2005), Oliveira (2012), Sodré (1999) e Munanga (2005) me ajudaram a pensar que a questão racial é uma tarefa de puxar vários fios, pois é uma discussão que se liga a um terreno muito delicado: as nossas representações e os nossos valores sobre o negro na sociedade. E que mexer com certas imagens é o grande desafio da educação como estratégia na luta contra o racismo. O maior esforço desta pesquisa se vincula, assim, a um dos maiores esforços que o campo das relações étnico-raciais enfrenta – romper com os acordos de silenciamentos. Assim, é importante que se fale do racismo, de como ele se encarna nas nossas vidas, tecendo redes com experiências de diversos sujeitos que nos mostrem o racismo em suas diversas faces, dando passos para combatê-lo pela raiz. |