Fitotoxidez e crescimento de espécies florestais nativas submetidas à aplicação de herbicidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Alessandro de Paula lattes
Orientador(a): Leles, Paulo Sergio dos Santos
Banca de defesa: Leles, Paulo Sergio dos Santos, Santos, José Barbosa dos, Moraes, Luiz Fernando Duarte de, Freitas, André Felippe Nunes de, Silva, Eduardo Vinícius da
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9351
Resumo: Uma das grandes dificuldades, que os programas de restauração florestal se deparam é o controle de plantas daninhas. Dentre os métodos de controle, encontra-se o químico. No entanto, determinados produtos químicos poderão acarretar toxicidez às plantas florestais podendo acarretar morte destas. Dessa forma, objetivando avaliar a fitotoxicidade de herbicidas em espécies florestais nativas da Mata Atlântica três estudos foram conduzidos. O primeiro objetivou avaliar a tolerância de 14 espécies florestais aos herbicidas pós-emergentes mesotrione, fluazifop-p-butyl, setoxidim, quizalofop-p-ethyl e nicosulfuron. Os tratamentos consistiram da aplicação dos herbicidas e testemunha (sem aplicação). Durante um período de 56 dias, avaliou-se a fitotoxicidade desses produtos através de uma escala de notas, estabelecendo-se o agrupamento das ocorrências em classes de fitotoxicidade. Computaram-se os incrementos em altura (H) e diâmetro do coleto (DC). Posteriormente, a parte aérea das plantas foi coletada para a determinação da matéria seca. Maiores sintomas de fitotoxicidade foram observados quando da aplicação do mesotrione, ocasionando intoxicação em maior número de espécies. Os herbicidas não influenciaram o crescimento das plantas em H e DC e produção de matéria seca. No segundo estudo, avaliou-se a tolerância de quatro espécies florestais nativas da Mata Atlântica a doses (0; 0,16; 0,32; 0,48; 0,64; 1,28; 1,92 e 2,56 L ha-1) de glyphosate. A fitotoxicidade foi avaliada através de uma escala de notas, estabelecendo-se o agrupamento das ocorrências em classes de fitotoxicidade, durante 56 dias. Determinaram-se os incrementos em H e DC, bem como a matéria seca da parte aérea. As espécies florestais avaliadas apresentaram diferentes graus de tolerância às doses de glyphosate. Doses ≥ a 0,64 L ha-1 influenciaram o crescimento da maioria das espécies florestais agravando o quadro de intoxicação das plantas concomitante ao aumento das doses. O terceiro estudo objetivou-se avaliar a tolerância de quatro espécies nativas da Mata Atlântica a três herbicidas pós-emergentes, utilizados no primeiro estudo, em condições de campo, bem como a influência desses produtos no capim braquiária. Para tanto, selecionou-se uma área com predominância de Urochloa humidicola e efetuou-se o plantio das espécies florestais em março de 2014. Em junho de 2014, realizou-se a aplicação dos tratamentos que consistiram da aplicação dos herbicidas em área total das parcelas: mesotrione (0,4 L ha-1); fluazifop-p-butyl (1,0 L ha-1); e nicosulfuron (1,5 L ha-1) mais a testemunha (sem aplicação de herbicidas) sendo realizado coroamento das plantas. Avaliou-se a sobrevivência e o incremento em altura das plantas florestais aos 56 dias após aplicação. A influência dos herbicidas no capim braquiária foi avaliada por registro fotográfico e determinação da massa seca estocada na parte aérea aos 56 dias após aplicação. As espécies florestais foram tolerantes aos herbicidas em condições de campo em que estes não afetaram o crescimento em altura. O fluazifop-p-butyl proporcionou maior controle do capim braquiária. No entanto, aos 56 dias após aplicação houve a recuperação da forrageira.