Em nome da revolução: a trajetória social e política da Ala Vermelha (1967-1985)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ribeiro, Adriana Maria lattes
Orientador(a): Sales, Jean Rodrigues lattes
Banca de defesa: Sales, Jean Rodrigues, Magalhães, Felipe Santos, Campos, Pedro Henrique Pedreira, Silva, Izabel Priscila Pimentel da, Estevez, Alejandra Luiza Magalhães
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10050
Resumo: Este trabalho trata da trajetória social e política do Partido Comunista do Brasil-Ala Vermelha (PCdoB-AV), surgido em 1967 a partir de uma cisão no Partido Comunista do Brasil (PCdoB). O grupo organizou-se em torno de militantes experientes, alguns egressos das Ligas Camponesas e com passagens pela China e pela antiga União Soviética. A maioria dos quadros, porém, era jovem, vinda principalmente dos meios estudantis. No que se refere às formulações teóricas, a organização filiou-se ao maoísmo e objetivou implantar a guerrilha rural no país por meio do modelo de guerra popular prolongada, a qual mesclou elementos do foquismo. Tão logo surgiu, o grupo lançou-se às ações armadas, em especial ações de expropriação de valores e de propaganda revolucionária. Nessa fase, o partido concentrou os seus quadros e as suas atividades em São Paulo. Em 1969, passou a ser duramente atingido pelos agentes da repressão, o que contribuiu para iniciar, de modo pioneiro, a autocrítica em relação à tática de luta armada no Brasil. Desarticulado, no início da década de 1970, reorganizou-se no Rio de Janeiro e buscou colocar em prática alternativas para aproximar-se dos trabalhadores e das camadas pobres urbanas, os quais esperava politizar e organizar para as lutas políticas. Para tanto, teceu estratégias, como a inserção de militantes em fábricas e em periferias, o apoio às mobilizações operárias, a participação nos movimentos de bairro e a criação de jornais alternativos. Em 1979, a militância se engajou no movimento em prol da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 1985, militantes da Ala se uniram a remanescentes de outros grupos revolucionários, originando a corrente petista Movimento Comunista Revolucionário (MCR).