Um diálogo entre oprimidos: quando o analfabeto de Paulo Freire encontra o Caliban de William Shakespeare
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Palavras-chave em Espanhol: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13262 |
Resumo: | William Shakespeare (1564-1616) e Paulo Freire (1921-1997) são figuras de relevância em suas respectivas áreas do saber, literatura e educação. A priori, não tradicionalmente pensados de forma conjunta. Contudo, esta dissertação apresenta o encontro dialógico de ambos, a partir de um olhar não hegemônico de investigação, tendo como escopo a personagem Caliban da peça shakespeariana A tempestade (1610-1611) e os adultos analfabetos aos quais o pedagogo Paulo Freire se dirigia com seu método de alfabetização no início da década de 60 (pré-golpe civil-militar de 1964) no Brasil. O estudo se revela como uma pesquisa teórica desenvolvida por meio da análise do contexto histórico brasileiro do período e dos objetivos, características e implicações do método de alfabetização freiriano e de seus alfabetizandos, em paralelo com as interpretações da peça shakespeariana a partir dos estudos pós-coloniais, sobretudo, advindas de Nossa América e datadas no século XIX e XX. Objetiva-se, portanto, demonstrar que há um diálogo possível de ser construído entre William Shakespeare e Paulo Freire, a partir de uma visão não hegemônica da peça e da compreensão do elo significativo entre a personagem Caliban e a condição dos adultos analfabetos no Brasil no início dos 60 |