O dirigente como gestor da estratégia: a prática no setor público frente aos complexos cenários de mudanças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Leite, Robson Campos lattes
Orientador(a): Ramos Filho, Américo da Costa lattes
Banca de defesa: Oliveira, Daniel Ribeiro de lattes, Ramos Filho, Américo da Costa lattes, Motta, Paulo Roberto da Mendonça lattes, Chaves, Miriam Barbuda Fernandes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão e Estratégia
Departamento: Instituto de Ciências Sociais Aplicadas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15270
Resumo: A área da Estratégia vem assumindo, cada vez mais, um papel de destaque dentro das organizações. Na área pública, universo de estudo desta dissertação, essa importância ganha uma dimensão a mais e um grau de complexidade maior, pois as constantes mudanças políticas, econômicas e sociais mexem diretamente com a esfera pública e, consequentemente, nas suas instituições. Nesse sentido, a prática da estratégia e as influências geradas pela dinâmica – cada vez maior e mais frequente – dos ambientes externos e internos às organizações públicas são elementos com relação direta de causa e efeito e que geram impactos na estratégia e na sua prática. Aliados a esse cenário, encontram-se os interesses, em geral difusos e divergentes, das partes interessadas – também denominados stakeholders – que estão dentro ou ao em torno da organização. Dirigir uma organização pública de modo a cumprir os objetivos estratégicos presentes no seu plano tratando toda a dinâmica de mudanças que venham a surgir no decorrer da prática do plano, envolvendo e motivando a equipe praticante da estratégia e conciliando os interesses dosstakeholders torna-se um desafio que vai ao encontro da finalidade desse trabalho. Nesse sentido, esta dissertação apresenta um framework que reúne quatro teorias acadêmicas a fim de auxiliar o dirigente da organização pública quanto a esse desafio: o Planejamento Estratégico Situacional (PES) de Carlos Matus (1991, 1997, 2005), a Estratégia como Prática Social (ECP) de Whittington (1992, 2002, 2004, 2006), a Teoria dos Stakeholders de Freeman (2010) e a Liderança Transformacional de Burns (1978, 2003). Essas quatro teorias foram estruturadas nesse framework através de um quadro de referência que coloca o Planejamento Estratégico Situacional como elemento central capaz de complementar o papel das outras três teorias na prática da estratégia, suportando as mudanças do ambiente externo e interno, mobilizando a equipe desse dirigente e conciliando os interesses dos stakeholders de uma organização pública. Os dados foram coletados através de entrevistas semiestruturadas e tratados qualitativamente por meio da análise indutiva de Thomas (2006), do método de codificação e categorização de Gibbs (2009) e do emparelhamento apresentado por Trochim (1989). A realização desta pesquisa propiciou um quadro de referência presente no framework com o exercício dos cenários de problemas, desafios, impactos e soluções oriundas do processo de análise dos dados coletados no campo, a identificação dos fatores internos e externos que influenciam na implantação da estratégia. Também, foram demonstrados os fatores críticos à implantação da estratégia pelo dirigente de organização pública, levando em consideração o cumprimento da missão organizacional, o atendimento das necessidades das partes interessadas, a dinâmica do ambiente externo e interno e a mobilização da equipe.