Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Cordeiro, Flávio Couto
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Orientador(a): |
Souza, Sonia Regina de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Química
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Departamento: |
Instituto de Ciências Exatas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10190
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Resumo: |
Foi realizado um estudo de caracterização química e espectroscópica de ácidos húmicos extraídos de solos (AH1-Latossolo Vermelho-Amarelo, AH2-Chernossolo Háplico e AH3-Organossolo Háplico) (Experimento 1), para verificar a diferença entre estes ácidos húmicos. De acordo com o espectro de IV TF, não houve diferença significativa entre os ácidos húmicos extraídos dos três solos estudados. O índice de condensação e de hídrofobicidade que expressão o grau de humificação dos solos demonstraram que os ácidos húmicos provenientes dos solos estudados são bastante estáveis e resistentes a degradação oxidativa. Posteriormente foi realizado um experimento (Experimento 2), com o objetivo de avaliar os parâmetros de crescimentos de raízes transformadas de manjericão (Ocimum basilicum L.) tratadas com os ácidos húmicos extraídos dos diferentes solos estudados e também com nitroprussiato de sódio (SNP), como doador de óxido nítrico (NO), nas doses de 0, 1, 2, 3, 4 e 5 mM de Carbono L-1 e 0, 0,1, 10, 50, 100 e 200 μM de SNP L-1 de meio de cultura, respectivamente, com avaliações realizadas na montagem, 5 e 15 dias de experimento. Verificou-se que a dose de 3mM de Carbono L-1 para os ácidos húmicos e a dose de 100 μM de SNP L-1 (óxido nítrico) foram as doses que proporcionaram as melhores respostas nos parâmetros de crescimento. Com os resultados obtidos nesse experimento foram montados mais dois ensaios, o primeiro (Experimento 3), com o objetivo de avaliar o metabolismo do nitrogênio, as respostas das bombas de prótons, atividade da enzima catalase e a histolocalização de NO e de espécies reativas de oxigênio (ROS) in vivo nas raízes transformadas de manjericão, coletadas aos 5 e 15 dias após a montagem do experimento. O segundo ensaio (Experimento 4) teve o objetivo de avaliar a histolocalização de NO e de ROS in vivo, e a atividade de enzimas importantes envolvidas no crescimento e absorção de nutrientes, sendo este ensaio coletado após seis horas de tratamento. As raízes foram tratadas com duas concentrações de nitrato, uma dose baixa de N-NO3 - (0,5mM) e outra alta (5,0mM), nas quais foram adicionadas as substâncias bioativas (3mM de Carbono L-1 de AH3 e 100 μM de SNP L-1). Para todos os parâmetros de crescimento radicular avaliados, os tratamentos com ácidos húmicos e óxido nítrico apresentaram maiores sobre o crescimento radicular, em relação ao controle. Além disso, conforme a avaliação dos parâmetros do metabolismo do nitrogênio nas duas doses testadas de N-NO3-, as substâncias bioativas proporcionaram aumento de atividades enzimáticas e conteúdo de nutrientes, em relação aos controles, principalmente na dose mais baixa de N-NO3 -. Já é consenso na comunidade científica que a bioatividade dos ácidos húmicos está relacionada principalmente com a presença de moléculas análogas a auxina e possivelmente com outros fitormônios. A geração de óxido nítrico em plantas está relacionada ao crescimento de raízes, e este crescimento pode ser proporcionado pela produção endógena de auxina, pela aplicação de análogos sintéticos auxínicos ou aplicação de ácidos húmicos. Dessa forma a sinalização de óxido nítrico pode estar relacionada à bioatividade dos ácidos húmicos. Estes efeitos foram evidenciados, pelo aumento do crescimento radicular, absorção de N-NO3 - ativação de da H+-ATPase de membrana plasmática em raízes transformadas de manjericão. Do mesmo modo, foi observado o aumento da atividade da catalase, enzima relacionada ao crescimento de raiz, por proporcionar a dismutação do peróxido de hidrogênio, produzidos nos processos de diferenciação e expansão celular. Do mesmo modo, foi observado aumento na detecção de ROS in vivo, com os tratamentos com as substancias bioativas. Nossos resultados indicam que a utilização de ácidos húmicos poderão servir como uma ferramenta biotecnológica, na produção de fertilizantes organominerais, para o cultivo de plantas em solos de baixa fertilidade e também como componentes na produção de inoculantes de microrganismos benéficos. |