Anatomia microscópica do pâncreas e detecção de células neuroendócrinas imunorreativas a insulina, glucagon, somatostatina, serotonina e polipeptídeo pancreático de Phrynops geoffroanus (Schweigger, 1812) e Hydromedusa maximiliani (Mikan, 1820) (Testudines, Chelidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lopes, Danielle Alcantara Vieira lattes
Orientador(a): Pinheiro, Nadja Lima lattes
Banca de defesa: Pinheiro, Nadja Lima, Mendes, Rosa Maria Marcos, Santos, Marcos Antonio José dos, Sousa, Bernadete Maria de, Costa, Valdemar da Silva
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9176
Resumo: A compreensão dos processos fisiológicos nos vertebrados é essencial para obtenção de dados sobre a biologia das espécies. O pâncreas é uma glândula mista que atua em processos digestivos e homeostáticos. Entender a morfologia e fisiologia do pâncreas em todas as classes de vertebrados é fundamental para esclarecer a função desta glândula na digestão dos alimentos, de modo a contribuir com fatores nutricionais e assim melhorar o manejo e condicionamento das espécies em seus ecossistemas. Tratando-se de espécies de quelônios brasileiros, esta atenção se redobra, uma vez que grande parte é classificada como espécie vulnerável pela IUCN (2017) devido às alterações antrópicas sofridas por seus hábitats naturais. Logo, este trabalho descreve a histologia e imuno-histoquímica do pâncreas de duas espécies da família Chelidae. Para isso, o pâncreas de quatro espécimes adultos de Phrynops geoffroanus e quatro espécimes de Hydromedusa maximiliani foram fixados em formol 10% e depositados na Universidade Federal de Juiz de Fora, foram processados por técnica histológica de rotina para obtenção de cortes de 5 μm de espessura. A histologia do pâncreas das espécies P. geoffroanus e H. maximiliani é caracterizada por uma porção endócrina dispersa entre os acinos pancreáticos, formando ou não grupamentos endócrinos semelhantes a ilhotas pancreáticas. Não é observada nenhuma cápsula de tecido conjuntivo separando as ilhotas pancreáticas da porção exócrina circundante. O estudo imuno-histoquímico revelou quatro tipos de células endócrinas no pâncreas de P. geoffroanus, células produtoras de insulina, glucagon, somatostatina e polipeptídeo pancreático. Na espécie H. maximiliani três tipos celulares foram encontrados, células produtoras de insulina, glucagon e somatostatina. A organização celular dos grupamentos endócrinos semelhantes a ilhotas pancreáticas é diferente nas duas espécies estudadas. Em P. geoffroanus as células produtoras de insulina posicionam-se no centro enquanto as células produtoras de glucagon ocupam a periferia. Já na espécie H. maximiliani os dois tipos celulares se intercalam, geralmente ao redor de vasos sanguíneos. Este estudo irá ajudar no entendimento da fisiologia digestiva da espécie investigada e fornecerá dados para análises comparativas com outros quelônios de água doce