Espécies de Phlebotominae (Diptera: Psychodidae) da Fazenda São José, Município de Carmo, Estado do Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Alves, João Ricardo Carreira lattes
Orientador(a): Costa, Janira Martins lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10881
Resumo: Nesta pesquisa foram estudados aspectos da ecologia e biologia dos flebotomíneos, na Fazenda São José, Município de Carmo, situado a 118 km da capital do Estado do Rio de Janeiro. O local que serviu de apoio logístico para realização desta pesquisa foi a casa onde ocorreu o caso autóctone humano de leishmaniose tegumentar americana. Durante dois anos (1994/1995; 2006/2007), foram realizadas capturas mensais em três sítios de coletas: intradomicílio, peridomicílio e na floresta, com capturador de Castro, lanterna e armadilha luminosa, modelo falcão e CDC, colocadas no peridomícilio e na floresta. Foram capturados e identificados 5814 flebotomíneos de dezesseis espécies do gênero Lutzomyia: Lutzomyia intermedia (Lutz & Neiva, 1912), L. whitmani (Antunes & Coutinho, 1939), L . migonei (França, 1920), L . ayrozai (Barretto & Coutinho, 1940) L. davisi (Root, 1934), L. carrerai carrerai (Barretto, 1966), L. lenti (Mangabeira, 1938), L . cortelezzii (Brèthes, 1923), L . sordellii (Shannon & Del Ponte, 1927), L. quinquefer (Dyar, 1929), L. lanei (Barretto & Coutinho, 1941), L. fischeri (Pinto, 1926), L. monticola (Costa Lima, 1932), L. lutziana (Costa Lima, 1932), L. aragaoi (Costa Lima, 1932), L. sp e cinco espécies de Brumptomyia França & Parrot, 1921: B. brumpti (Larrouse, 1920), B. cardosoi (Barretto & Coutinho, 1941a), B. avellari (Costa Lima, 1932), B. guimaraensis (Coutinho & Barretto, 1941a), B. nitzulescui (Costa Lima, 1932). Lutzomyia intermedia foi predominante (97,7 %), com alta freqüência entre 18:00 e 20:00h. A seguir foi avaliada a influência da sazonalidade e do ciclo lunar na fauna estudada, ficando constatado que L. intermedia foi predominante em todas as estações do ano e nas diferentes fases da lua, sendo mais significativo as médias encontradas no verão e inverno. Na análise das fases da lua, a lua cheia e nova apresentaram resultados relevantes, sendo inclusive coletada uma quantidade em espécie considerável na segunda fase (2006/2007). Foram analisados a freqüência horária, tipos e sítios de coletas, ficando evidenciada a presença acentuada no intra e peridomicílio, porém irregular, de L. intermedia em dois ecótopos pesquisados e resultados expressivos foram encontrados. As maiores médias horárias de L. intermedia ocorreram em 1994, porém houve uma maior riqueza da fauna e das espécies/vetores de Leishmania em 2006. Foi evidenciado que a variedade das espécies teria sido conseqüência das mudanças ambientais ocorridas entre os períodos estudados. Destacamos, então, a presença marcante de L. intermedia no interior da residência e ressaltamos, ainda, a coleta de um número alto de exemplares machos. Foi provado que L. intermedia está plenamente adaptada ao ambiente modificado pelo homem. Os estudos demonstraram que L. intermedia está envolvida no ciclo de transmissão do agente etiológico da leishmaniose tegumentar americana na localidade.