Influência do protocolo de adaptação ao calor sobre a função cardíaca e modulação autonômica: aclimatação ativa versus passiva, contínua versus intermitente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Almeida, Ronaldo André Castelo dos Santos de lattes
Orientador(a): Silveira, Anderson Luiz Bezerra da lattes
Banca de defesa: Silveira, Anderson Luiz Bezerra da lattes, Gomes, Diego Viana lattes, Olivares, Emerson Lopes lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e Da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20255
Resumo: Introdução: O treinamento aeróbio em ambientes quentes é responsável por uma demanda metabólica que impacta no funcionamento cardíaco, especialmente em atletas. Objetivo: Avaliação o impacto do treinamento aeróbio e exposição a ambientes com altas temperaturas sobre a função cardíaca de ratos wistar. Metodologia: O protocolo experimental deste estudo foi aprovado sob registro CEUA/ICBS no 22/2022. A amostra foi composta por 24 ratos wistar, machos e adultos (60 dias), divididos aleatoriamente para compor os grupos: Controle de curta exposição (CTRLC), controle de longa exposição (CTRLL), curta exposição exclusiva ao calor (CALC), longa exposição exclusiva ao calor (CALL), curta exposição ao calor e treinamento aeróbio (CATRC) e longa exposição ao calor e treinamento aeróbio (CATRL). A função cardíaca foi analisada através do método de coração isolado de Langendorff. A atividade elétrica foi avaliada através do eletrocardiograma (ECG) e, a partir deste, foi analisada a variabilidade da frequência cardíaca (VFC). O protocolo de treinamento consistiu na realização de treinamento aeróbio em esteira rolante com câmara de aquecimento integrada, desenvolvida neste laboratório. A avaliação da temperatura corporal foi aferida por termômetro retal e as medidas tomadas imediatamente após o teste de esteira. A exposição ao calor ocorreu por meio da permanência na câmara de aquecimento com temperatura de 32֯C (+ 0,5). Resultados: Observou-se que a exposição passiva por 4 semanas promoveu redução na frequência cardíaca (FC) em CALL (Pré vs. Pós; p<0,05) e CATRL (Pré vs. Pós; p<0,05). A PDVE d o grupo CALL apresentou valores significativamente maiores comparado a CTRLL e CATRL (p<0,05). Já CATRL apresentou valores mais baixos na PDVE quando comparado a CTRLL e CALL (p<0,05). Ao avaliar a temperatura colônica (Tcol) e o tempo de permanência na esteira rolante, todos os grupos apresentaram valores maiores comparados ao momento prévio à aplicação dos protocolos (Pré vs. Pós; p<0,05). No ECG o intervalo RR foi maior em ambos os grupos quando comparados ao CTRLL (Pré vs. Pós; p<0,05), assim como o componente de muito baixa frequência (VLF) da análise de VFC (Pré vs. Pós; p<0,05). Discussão A hipótese de que a exposição passiva sem associação com o treinamento aeróbio pode contribuir para aclimatação foi demonstrada com a redução da FC ao final do período experimental, apesar de ainda demonstrar maior PDVE, o que sugere algum grau de estresse pelo calor após 4 semanas. A análise da VFC demonstrou maior ação parassimpática, através do aumento de RR, e consequente menor simpática sobre o coração, além de aumento no VLF que está associado a retirada de ação simpática e ajustes termorregulatórios. A PDVE menor em CATRL sugere que a associação do calor com o exercício traz benefícios ao desempenho que podem estar relacionados com alterações na cinética dos canais iônicos responsáveis pela fase 4 do potencial de ação nas células P do nodo sinoatrial. Conclusão: Baseado nos resultados desse estudo, compreende-se que a exposição passiva ao calor associada ao treinamento aeróbio confere adaptações, propõe segurança e vantagens fisiológicas para o desempenho atlético.