Efeito do treinamento físico aeróbio na miopatia muscular esquelética induzida pela insuficiência cardíaca: participação dos microRNA\'s no perfil de fibras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Pelozin, Bruno Rocha de Avila
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-06022023-163136/
Resumo: A progressão da hipertensão arterial pode levar ao quadro de insuficiência cardíaca (IC), principal causa de morte no mundo. A IC é acompanhada por alterações no músculo esquelético, conhecida como miopatia muscular esquelética. Essas alterações afetam a o fenótipo e funçãomuscular e são responsáveis por reduzir a tolerância ao esforço físico. O treinamento físico aeróbio (TFA) já demonstrou exercer papel terapêutico na IC e na melhora da tolerância ao esforço físico, porém os mecanismos moleculares relacionados as essas alterações ainda não são totalmente compreendidos. O objetivo do presente trabalho foi elucidar mecanismos moleculares envolvendo TFA e alterações fenotípicas e funcionais do músculo esquelético de ratos insuficientes cardíacos de etiologia hipertensiva. Para isso, o trabalho foi aprovado no Comitê de Ética USP, sob o No.2020/01. No qual, 20 ratos machos espontaneamente hipertensos (SHR) e 20 ratos Wistar Kyoto (WKY), com 9 meses de idade, divididos em: WKY sedentários (WKY), treinados (WKY-T), SHR insuficientes cardíacos (SHR-IC) e treinados (SHR-IC-T). O TFA foi composto por 10 semanas de natação, 60min/sessão, 1x/dia, 5x/semana, com 5% de sobrecarga corporal. Após o TFA avaliou-se: (1) parâmetros hemodinâmicos e funcionais cardíacos como pressão arterial, função cardíaca (ecodopplercardiograma) e consumo de oxigênio pico; (2) parâmetros fenotípicos do músculo sóleo como tipagem de fibra, área de secção transversa e expressão gênica de miosina de cadeia pesada; (3) parâmetros funcionais metabólicos e mitocondriais como expressão de genes e atividade enzimática do metabolismo glicolítico e oxidativo, quantidade de ATP muscular, lactato plasmático, densidade e função mitocondrial; (4) avaliação do microarray para miRNAs e seleção dos miRNAs envolvidos no fenótipo e metabolismo muscular; (5) expressão proteica dos alvos dos miRNAs selecionados; (6) avaliação da expressão dos miRNAs selecionados no músculo esquelético de humanos. Análise estatística: ANOVA uma duas vias, seguido por teste Tukey. Resultados expressos em média ± EPM. A progressão da hipertensão arterial induziu a IC com fração de ejeção preservada nos animais, com mudança no fenótipo e metabolismo muscular esquelético caracterizando a miopatia muscular. Essa alteração foi orquestrada pelo aumento da expressão dos miRNAs-205 e -328a que por meio da via de sinalização PGC1 - PPAR/ - miRNA-208b e -499 controlou as alterações no tipo de fibra I para II e mudança do metabolismo oxidativo para glicolítico. Por outro lado, o TFA foi eficiente em reduzir a expressão dos miRNAs-205 e 328a normalizando o fenótipo e metabolismo muscular esquelético, reduzindo a miopatia muscular e melhorando a tolerância ao esforço físico. Ainda, a expressão do miRNAs alterados no modelo animal pela IC foram próximas às encontradas nos pacientes e normalizadas com o TFA, demonstrando o efeito terapêutico do TFA na miopatia muscular pela regulação dos mirRNAs