Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Florencio, Melissa Cristina Moraes
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Orientador(a): |
Silva, Lucia Helena Pinto da
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Banca de defesa: |
Lima, Patrícia Fampa Negreiros
,
Lima, Juliana Echevarria Neves de
,
Chaves, Douglas Siqueira de Almeida
,
Menna-Barreto, Rubem Figueiredo Sadok
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11876
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Resumo: |
A doença de Chagas é causada pelo protozoário parasito Trypanosoma cruzi, uma doença negligenciada que afeta aproximadamente 8 milhões na América Latina. Dada a capacidade de o parasita de evadir o sistema imune do hospedeiro, a baixa eficiência dos tratamentos oferecidos e os sintomas e lesões debilitantes causados pela doença, é muito importante a busca por novas terapêuticas mais eficientes. A flora brasileira possui uma imensa diversidade de metabólitos secundários que podem apresentar ação antiparasitária. 2’’,3’’-di- idroochnaflavona é um biflavonoide extraído de Luxemburgia nobilis. No trabalho atual, investigamos o efeito de 2’’,3’’-Di-idroochnaflavona contra T. cruzi, cepa Y. Os resultados mostram que o composto tem ação contra o parasita apresentando IC50 de 2,5 μM para formas epimastigotas após 96 horas de tratamento. O composto não demonstrou efeito dose- dependente nas concentrações testadas. Formas epimastigotas tratadas com 2’’,3’’-Di- idroochnaflavona apresentaram alterações morfológicas como inchaço mitocondrial e acúmulo de corpos lipídicos, observadas por microscopia eletrônica. Não foram identificadas, no entanto, alterações na quantidade de lipídios nos parasitos tratados e marcados com Nile Red por quantificação de fluorescência e microscopia de fluorescência. Experimentos preliminares mostraram que a metaciclogênese in vitro é alterada na presença do composto. Em macrófagos peritoneais murinos de Balb/c, as formas amastigotas intracelulares foram afetadas pelo tratamento com a droga nas concentrações de 2,5 e 5 μM, com diminuição de 72 e 85%, respectivamente, no índice de associação entre os parasitas e as células hospedeiras. Nos ensaios citotóxicos, o composto não apresentou toxicidade para população enriquecida de linfócitos de camundongos pelo método de exclusão por azul de Trypan e para macrófagos peritoneais de camundongo pelo método de exclusão por azul de Trypan e XTT. Nossos resultados indicam que a 2’’,3’’-di-idroochnaflavona tem potencialidade para se tornar uma nova proposta de tratamento contra a doença de Chagas por apresentar um baixo IC50 e não ser tóxica. Os mecanismos de ação desse composto ainda não foram totalmente esclarecidos, apresentando um amplo campo a ser aprofundado. Nossos dados, juntos com outros trabalhos de quimioterapia com produtos de origem natural abrem uma nova possibilidade de desenvolvimento de um tratamento com menos efeitos colaterais e menos tóxico, porém eficiente contra o parasito |