A dimensão socioambiental do cultivo de dendê para a produção de biodiesel na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pereira, Gustavo Simas lattes
Orientador(a): Medeiros, Rodrigo
Banca de defesa: Nunes-Freitas, André Felippe, Young, Carlos Eduardo Frickmann, Silva, Eliane Maria Ribeiro da, Garay, Irene Ester Gonzalez
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9349
Resumo: A criação do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) estimulou o cultivo de plantas oleaginosas, entre elas a palma ou dendê (Elaeis guineensis), para a geração de biodiesel. Uma das possibilidades de expansão do cultivo do dendê segue sobre a Amazônia, onde existe uma grande extensão de áreas degradadas. Além do uso energético o uso de plantas oleaginosas é visto como uma alternativa de desenvolvimento socioambiental. Dessa forma, o governo brasileiro procura estimular a cadeia produtiva do biodiesel, especialmente via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), e criou uma demanda de consumo desse óleo. Porém a participação do dendê na produção nacional de biodiesel é muito pequena, próximo a 0,16% do total, mas tem um grande potencial de expansão. Nas áreas onde já existe o cultivo da palma para uso como fonte de biodiesel, os principais impactos socioambientais identificados, são: a poluição dos igarapés; a redução da biodiversidade; a redução do cultivo de gêneros alimentares, em especial a mandioca; a migração da força de trabalho da agricultura familiar para a empresarial; e o aumento de receita dos agricultores que cultivam o dendê. Dessa forma, é vital que exista um maior esforço do poder público no ordenamento da expansão do dendê e na assistência aos pequenos agricultores a fim de que a cultura possa consolidar os impactos positivos e reduzir os negativos que atingem a população e o bioma.