Vidas despedaçadas impactos socioambientais da construção da usina hidrelétrica de Balbina (AM), Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rodrigues, Renan Albuquerque
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/5718379036623772
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
Brasil
UFAM
Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4214
Resumo: O desenvolvimento sustentável é uma necessidade global. No que tange à Amazônia, há muito o que se debater e melhorar no âmbito dos projetos para grandes centrais hidrelétricas, construídas para a geração energética, mas que, dado implicarem deslocamentos forçados de populações por causa das barragens dos rios, amiúde tem criado amplos conflitos sociais em épocas atuais, tal como ocorreu historicamente, a partir de projetos de organismos e governos militares, nas décadas de 1960, 1970 e 1980 no Brasil. Uma das represas amazônicas que apresentou grande potencial para a geração desses conflitos foi Balbina. Localizada em Presidente Figueiredo, na Amazônia Central, a represa de Balbina teve finalizada sua construção em 1987, alagando uma área de 2.400 km2 de floresta, atingindo cerca de 3 mil famílias que viviam a jusante e montante da usina. O objetivo do presente trabalho foi analisar impactos sociais após duas décadas e meia de operação da hidrelétrica, iniciada em 1989. Os impactos foram analisados a partir de: i) observação participante, em que o contexto social é descrito; e ii) estudo e análise inferencial dos modos de vida, por meio da etnografia analítica. No entorno de Balbina, foram interpretados resultados de vieses de desfiliação territorial e afetiva, fragmentação de pertencimento, enfraquecimento de relações sociais e rebaixamento de ações práticas para a formação de grupos organizados na região. Como ações de enfrentamento e mitigadoras, optou-se por destacar: i) suspensão e cancelamento imediado, via ação judicial, dos passivos financeiros que tenham sido imputadas aos atingidos pela UHE Balbina, ii) reorganização da economia dentro dos ambientes de vivência para enfrentar a insegurança alimentar e a falta de renda, iii) implantação de um modelo de comércio agregador com uso de moeda social para os atingidos pela barragem e iv) a orientação da produção segundo a diversidade populacional a montante e jusante da represa.