Diversificação e evolução em anuros neotropicais, uma abordagem filogeográfica e biogeográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Elvis Almeida Pereira lattes
Orientador(a): Silva, Hélio Ricardo da lattes
Banca de defesa: Nogueira, Denise Monnerat, Utsunomia, Ricardo, Mângia, Sarah, Abrunhosa, Patrícia Alves
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9235
Resumo: A biologia visa entender o funcionamento dos organismos, a relação deles com o meio e seu processo de evolução. A ciência que busca identificar os processos que levaram à formação desses padrões de distribuição dos organismos é a Biogeografia. Como o acesso a dados moleculares aumentou entre as décadas de 1970 e 80, o estudo da Biogeografia se expandiu e então foi criado o termo Filogeografia, que possui como objetivo principal entender os processos que atuaram na distribuição geográfica das espécies, baseado em dados genéticos. Testar o papel dos eventos históricos geomorfológicos e climáticos que possivelmente atuaram nos padrões e processos que levaram a essas distribuições geográficas em organismos filopátricos, com baixa vagilidade e com altas taxas de endemismos. A região neotropical é uma das mais diversas do planeta, e possui a maior riqueza de anfíbios do mundo, além de uma geomorfologia diversificada devido ao complexo histórico de evolução do continente sul-americano e vários tipos de eco regiões. Nos últimos milhões de anos o continente sul-americano passou por severas modificações devido às incursões marinhas, soerguimento de cadeias montanhosas e o fechamento do Istmo do Panamá, que alterou o clima da América do Sul completamente. Além destes eventos geológicos, as mudanças climáticas também atuaram na modificação da paisagem neotropical diversas vezes, causando a expansão e a retração dos domínios morfoclimáticos e, consequentemente, dos organismos que habitam estes ambientes. Os anuros ocupam uma ampla diversidade de habitats, possuem baixa vagilidade e muitas espécies possivelmente acompanharam os ciclos dos Biomas, tornando-os bons modelos para entender a evolução destes domínios morfoclimáticos. A presente tese está dividida em dois capítulos: o primeiro, sobre a estrutura filogeográfica de Boana crepitans; e o segundo, aspectos biogeográficos das espécies da tribo Sphaenorhynchini. Além de apontar informações sobre as conexões históricas entre os domínios morfoclimáticos florestais da Amazônia e da Mata Atlântica e identificar alguns principais processos que atuaram na diversificação desses táxons.