Epífitas vasculares da Ilha Grande, Angra dos Reis, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cruz, Ana Carolina Rodrigues da lattes
Orientador(a): Freitas, André Felippe Nunes de lattes
Banca de defesa: Santos, Nívia Dias dos, Darbilly, Thereza Christina da Rocha Pêssoa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11306
Resumo: A Mata Atlântica corresponde a um dos centros de diversidade para plantas de hábito epifítico no mundo e, apesar de sua importância taxonômica e ecológica nos ambientes, muitas áreas ainda não possuem inventários florísticos dessa comunidade. O presente estudo apresenta os seguintes objetivos: contribuir para o conhecimento da flora de epífitas vasculares da Ilha Grande, Angra dos Reis, RJ, analisar os parâmetros ecológicos e o estado de estado de conservação das epífitas da mata de restinga da Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul (RBEPS), propor um protocolo alternativo para amostragem da comunidade epifítica e avaliar o efeito da morfometria das árvores e da variação espacial na riqueza e composição de espécies. O levantamento florístico foi baseado em consultas a coleções de herbários, ao Catálogo da Flora do Rio de Janeiro, a listas de espécies publicadas para a área de estudo e em trabalho de campo. Foram utilizadas as parcelas do RAPELD, método utilizado para amostragem da biodiversidade dos ecossistemas brasileiros, adequado para inventários rápidos (RAP) e projetos ecológicos de longa duração (PELD). Foram demarcadas 52 subparcelas de 100 m2 nas parcelas permanentes do RAPELD instaladas em mata de restinga na RBEPS. Registrou-se todas as epífitas e hemiepífitas de árvores com diâmetro a altura do peito (DAP) maior ou igual a 45 cm presentes nas subparcelas e mensurou-se os dados dendrométricos das árvores. Foram levantadas 213 espécies para a Ilha Grande, sendo que a amostragem da RBEPS resultou em 31 espécies e dez novos registros para a ilha. As famílias mais ricas da Ilha Grande foram Orchidaceae e Bromeliaceae e na RBEPS foram Araceae e Bromeliaceae. A maioria das espécies é endêmica da Mata Atlântica, possui estado de conservação desconhecido e sete constam no Livro Vermelho da Flora do Brasil. A riqueza de espécies na RBEPS mostrou-se relacionada com a variação espacial e com o DAP e a sua composição tanto com a variação espacial como com as características morfométricas das árvores, exceto com diâmetro médio da copa. A metodologia proposta é eficiente e deve ser utilizada para a realização de inventários rápidos, assim como para o levantamento informações ecológicas adicionais sobre a comunidade epifítica. A Ilha Grande possui uma das maiores riquezas do sul e sudeste do Brasil e, portanto, pode ser considerada uma importante área de preservação da biodiversidade epifítica, ressalta-se a necessidade de amostragens em outras fitofisionomias da ilha e a realização de pesquisas ecológicas que possam gerar os subsídios necessários para a proteção das espécies e ecossistemas.