Operários, padres e soldados no Vale do Aço: um estudo das disputas de memória sobre conflitos de outubro de 1963

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pagnossa, Tadeu Pamplona lattes
Orientador(a): Damasceno, Caetana Maria
Banca de defesa: Damasceno, Caetana Maria, Sales, Jean Rodrigues, Pimenta, Ricardo Medeiros
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13837
Resumo: Este trabalho visa, dentre outros objetivos, analisar as disputas de memória compreendidas dentre os anos 1963-1990 sobre o conflito que envolveu policiais e habitantes do povoado de Ipatinga e se realizou em um dos portões da Usiminas, na manhã do dia 7 de outubro de 1963. Os laudos oficiais sobre o episódio relatam que, em consequência dos momentos de tensão, disparos foram efetuados em direção à multidão que se aglomerava em frente à usina siderúrgica, resultando na hospitalização de dezenas de pessoas e na morte de outras oito. Nesse contexto, nosso objetivo é analisar como as memórias e narrativas desses acontecimentos foram influenciados pelos contextos históricos das décadas seguintes, principalmente durante o período da Ditadura Militar (1964-1985) e do posterior processo de redemocratização da política nacional. Dentro do recorte histórico que elegemos, observamos que fatores econômicos, políticos e sociais contribuíram para que, durante os anos 1960 e 1970, os “eventos trágicos de 1963” passassem por processos de silenciamento, os quais também se alinhavam aos planos das autoridades locais de controlar “de perto” o movimento operário na siderúrgica e disseminar um ideal de progresso e harmonia social na região. Porém, na década seguinte, com o fortalecimento de novos grupos políticos e sociais na cidade de Ipatinga, as narrativas sobre os “protestos e mortes de 1963” passam a ser recuperadas e rememoradas sob a ótica e as motivações desse diferente momento histórico.