Espacialização de atributos do solo e indicadores fitossociológicos em sistemas florestais no bioma Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Camila Santos da lattes
Orientador(a): Pereira, Marcos Gervasio lattes
Banca de defesa: Pereira, Marcos Gervasio, Araújo, Emanuel José Gomes de, Beutler, Sidinei Júlio, Resende, Alexander Silva de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11375
Resumo: O sistema agroflorestal (SAF) e a restauração ecológica são tipos de uso do solo que promovem sua cobertura, promovendo melhorias nos seus atributos químicos, físicos e biológicos, aumentam a biodiversidade, ampliam e/ou melhoram os serviços ecossistêmicos, entre outras funções. A geoestatística é uma ferramenta que pode ser utilizada para estimar e correlacionar os atributos do solo e os parâmetros fitossociológicos, auxiliando no manejo, na tomada de decisão, na compreensão da distribuição e relação entre essas variáveis. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo espacializar os atributos do solo no SAF e correlacionar espacialmente estes e os aspectos fitossociológicos em um área em processo de restauração ecológica, ambas áreas na Mata Atlântica. No SAF, localizado em Seropédica – RJ, foram alocados 31 pontos amostrais, no qual em cada ponto foram coletadas amostras de terra na profundidade de 0-10, 10-20 e 20-40 cm, nos quais foram avaliados a fertilidade do solo, densidade de raízes finas, fracionamento químico e físico da matéria orgânica do solo (MOS). Na área de restauração ecológica, esta localizada em Magé – RJ, foram alocados 49 pontos amostrais, no qual em cada ponto foram coletadas amostras de terra na profundidade de 0-10 cm, em que foram realizados o fracionamento físico da MOS, carbono oxidável permanganato, nitrogênio total, proteína do solo relacionada à glomalina – facilmente extraível e abundância de esporos de fungos micorrízicos arbusculares. Na área de restauração também foram avaliados altura, área basal, riqueza, densidade, índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) e número de indivíduos pertencentes à família Fabaceae para o componente arbóreo, e riqueza, densidade, índice de diversidade H’ e número de indivíduos pertencentes à família Fabaceae para os indivíduos regenerantes. Foi realizada a análise semivariográfica de cada variável nas duas áreas, no qual os modelos de semivariograma testados foram: esférico, exponencial e gaussiano. Para a escolha do melhor modelo foram utilizados diferentes parâmetros, a título de exemplo: grau de dependência espacial (GDE %), coeficiente de correlação e determinação (r e r²), índice de concordância de Willmott (d), critério de informação de Akaike (AIC), entre outros. Comprovada a estrutura de dependência espacial, foi realizado o mapeamento por meio da Krigagem Ordinária. A maioria das variáveis apresentou dependência espacial. Aquelas que apresentaram efeito pepita puro (EPP), fato ocorrido apenas no SAF, foi sugerido utilizar outros métodos geoestatísticos que não necessitam da presença da dependência espacial ou voltar em campo e aumentar o número de pontos amostrais e/ou diminuir o espaçamento entre eles. Através dos mapas foi possível analisar a distribuição espacial das variáveis. No SAF eles podem auxiliar em futuros manejos realizados na área. Enquanto que na restauração ecológica, o mapeamento possibilitou a verificação da relação espacial entre as variáveis, visto que atributos de mesma natureza possuíram maiores relações entre si. Além disso, verificou-se que as variáveis do estudo podem ser utilizadas como indicadoras em avaliações e monitoramentos de áreas em processo de restauração ecológica.