Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Gustavo L. G. de Faria
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Orientador(a): |
Vieira, Eliane Maria
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Banca de defesa: |
Maia, James Lacerda
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Monte-Mor, Roberto Cézar de Almeida
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Melo, Marília Carvalho de
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Vieira, Eliane Maria
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Itajubá
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Programa de Pós-Graduação: |
PPG - Programas de Pós Graduação - Itabira
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Departamento: |
PPG - Programas de Pós Graduação - Itabira
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifei.edu.br/jspui/handle/123456789/2392
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Resumo: |
O objetivo geral deste trabalho foi buscar alternativas de conservação dos recursos hídricos por meio de técnicas de manejo do uso da terra, em particular os sistemas agroflorestais, para a restauração ecológica das áreas de preservação permanente - APPs às margens de cursos d’água e encostas declivosas, associadas à produção sustentável, fundamentada em experiências existentes na bacia hidrográfica do rio Manhuaçu, região leste do estado de Minas Gerais, para confecção de orientação técnicas em formato de cartilha. Foram incluídas ainda neste estudo demandas referentes à legislação inerente ao assunto bem como a realização de um diagnóstico das APPs hídricas da região. Para alcançar o objetivo proposto foi realizado um diagnóstico com base nos dados do Cadastro Ambiental Rural – CAR da situação atual de uso da terra em apps na bacia do Manhuaçu, tratamento dos dados e plotagem de mapas das áreas. Nesta fase, constatou-se que grande parte das áreas encontra-se degradadas ou com usos não florestais, em geral pastagens. As áreas mais degradadas são aquelas situadas às margens de cursos d’água e no entorno de nascentes, fato este que tem sido apontado como uma das causas da diminuição de vazão dos recursos hídricos na região, sendo a sua recomposição um interesse já manifestado no Plano de Bacia pelas populações que ocupam o território. Entretanto, mesmo sendo a recuperação dessas áreas compulsória muitos dos seus detentores não a realizam em função dos seus dispendiosos custos e por serem as APPs, em geral, as áreas mais produtivas dos seus imóveis rurais. Ante a esse óbice o novo código florestal brasileiro traz como inovação a possibilidade de recomposição das APPs por meio da implantação de sistemas agroflorestais o que até então era vedado pelas legislações anteriores, análise essa também objeto dessa pesquisa. Adiante, a partir da coleta e análise de dados quantitativos e qualitativos das experiências de SAF foram identificadas as técnicas e demais aspectos positivos que levaram ao seu sucesso e/ou também as dificultadas na sua adoção e manejo, cujos resultados apontaram para a eficiência dos SAFs na conservação e preservação dos recursos hídricos associados a produtividades, praticidade, baixo custo e funcionalidade da sua execução, podendo assim ser utilizado então como ferramenta auxiliar na tomada de decisão pelo poder público, agricultores e demais atores que compõem esse cenário. Para isto, são apresentados princípios de manejo e exemplos de sistemas específicos para alguns ambientes representativos da região, que são importantes e devem ser recuperados e conservados. Os estudos apontaram também para a necessidade de aperfeiçoamento da legislação existente inerente ao tema, bem como a necessidade de pesquisas científicas mais profundas e detalhadas. Por meio de sistematização e análise de todas as informações obtidas nas fases anteriores, foram estabelecidas propostas de sistemas agroflorestais mais adaptados a condições ecológicas e socioeconômicas da área estudada, se concretizando numa cartilha em linguagem lúdica de forma a convidar os atores que ocupam aquele território a por em prática suas ações. |