Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Dayana Palmeira da Silva
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Orientador(a): |
Lima, Patrícia Fampa Negreiros
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Banca de defesa: |
Silva, Claudia Bezerra da
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Gomes, Daniela Cosentino
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Lima, Patrícia Fampa Negreiros
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Castro, Daniele Pereira de
,
Lopes, Angela Hampshire de Carvalho Santos
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19676
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Resumo: |
Stomoxys calcitrans é um díptero cosmopolita e hematófago. Seu hábito alimentar é definido como agressivo e persistente, tendo como hospedeiros diferentes espécies de sangue quente. É considerada uma praga de importância econômica de gado e outros animais, reduzindo o peso e produção de leite em criações. Nos ambientes de criação, os integrantes do gênero Stomoxys possuem papel importante na epidemiologia de doenças transmissíveis, sendo vetores mecânicos de diversos agentes patogênicos. Conhecer e compreender os componentes celulares do sistema imune dessa mosca e a relação do organismo de S. calcitrans com os patógenos que transmite é fundamental para esclarecer as vias envolvidas nessas interações, identificando os melhores alvos de pesquisa para desenvolvimento de técnicas de controle dessa praga pecuária. Dessa maneira, neste trabalho isolamos e contabilizamos o número de hemócitos circulantes em diferentes fases evolutivas dessa mosca, identificando maiores populações nos indivíduos de campo avaliados. A partir do isolamento, pudemos identificar e caracterizar esses hemócitos em quatro tipos, sendo eles: prohemócitos, granulócitos, plasmatócitos e oenocitóides. Os prohemócitos foram as células em menor quantidade nas avaliações, e os plasmatócitos foram as células mais abundantes. Diante do enfrentamento de uma infecção experimental por Herpetomonas muscarum, o tempo de maior resposta hemocitária foi duas horas após a injeção do tripanossomatídeo. De maneira geral, as população dos diferentes tipos de hemócitos aumentaram pós infecção, com exceção dos prohemócitos, que sofreram uma baixa. Também foi avaliada a produção de ETs por S. calcitrans estimulada com LPS, onde foi possível identificar a liberação de DNA após estímulo. Identificamos a presença de um parasito na hemolinfa de S. calcitrans em indivíduos do campo, larvas em laboratório e adultos gerados em colônia. O mesmo foi isolado e identificado a nível de espécie por sequenciamento de DNA, sendo ele o tripanossomatídeo denominado H. muscarum. Para avaliar seus aspectos de interação com seu hospedeiro, realizamos inicialmente, sua curva de crescimento buscando entender seu desenvolvimento e identificar os melhores tempos para ensaios laboratoriais. A interação desse parasito foi avaliada a nível intestinal, por experimentos in vivo e ex vivo, demonstrando que o mesmo é capaz de interagir e se fixar no intestino mesmo após algumas horas de interação. Por fim, avaliamos aspectos de desenvolvimento da mosca dos estábulos infectada oralmente com H. muscarum. A longevidade dos indivíduos não foi alterada significativamente, assim como sua oviposição. Porém, a viabilidade dos ovos foi afetada, diminuindo assim a eclosão dos mesmos e, consequentemente prejudicando o desenvolvimento de larvas em pupas e pupas em indivíduos adultos. Dessa maneira, a reprodução de S. calcitrans é afetada quando a mesma sofre infecção por H. muscarum. Mais avaliações devem ser realizadas, para maior entendimento das reações hemocitárias de S. calcitrans, mas esse trabalho já elucida tipos de hemócitos presentes na sua circulação e métodos de extração dos mesmos. Já as interações da mosca com o tripanossomatídeo revelam um potencial para duas vertentes, sendo elas: (1) utilização do tripanossomatídeo como forma de controle de população de S. calcitrans; (2) utilização desses organismos como modelo experimental para o entendimento da relação de dípteros com os tripanossomatídeos que os infectam, através de ensaios laboratoriais. |