Fauna de flebotomíneos (diptera: psychodidae) e circulação de tripanossomatídeos (kinetoplastida: trypanosomatidae) em área de risco para leishmaniose cutânea no município de São Gabriel da Cachoeira, AM-BR
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas BR UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/3093 |
Resumo: | Apesar do conhecimento produzido sobre os diversos elementos que compõem a cadeia de transmissão da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) no Amazonas, os estudos relacionados a tríade epidemiológica (hospedeiro, vetor e agente etiológico) desta doença nos municípios da região conhecida como Alto Rio Negro (São Gabriel da Cachoeira - Santa Izabel do Rio Negro Barcelos) ainda são escassos, em particular em São Gabriel da Cachoeira (SGC), onde a região limita-se com os paises da Venezuela e Colômbia. Em decorrência disso e considerando a ausência de trabalhos relacionados ao agente etiológico e vetores da LTA que se encontram circulando no município de SGC, foi realizado levantamento da entomofauna de flebotomíneos e com isto verificou-se os potenciais transmissores de tripanossomatídeos e/ou leishmânias; além disso, avaliou-se a infecção natural nestes insetos pela técnica de dissecção e Nested-PCR, e finalmente realizou-se a caracterização bioquímica e molecular para identificação das espécies de Leishmania, isoladas de flebotomíneos e humanos. Do total de 6832 flebotomíneos coletados e distribuídos em 50 espécies foi observado um índice de diversidade considerável (H = 1,19). Destes 66% (4526/6832) correspondem a 19 espécies envolvidas na transmissão de leishmânias e/ou tripanossomatídeos de importância para a saúde pública. Foi notificado o primeiro registro de Lutzomyia conviti para o Brasil e para o Amazonas. A taxa de infecção natural por tripanossomatídeos foi em torno de 4,26%, sendo L. dendrophyla a espécie que apresentou a maior taxa de infecção, com cerca de 3,6%. Dos isolados, apenas 24 cresceram em cultivo, sendo 23 de flebotomíneo e um humano. Um total de 470 fêmeas de 13 espécies diferentes entre elas: L. ayrozai, L. dendrophyla e L. davisi foram testadas com os iniciadores descrito por Cruz et al. (2002). Os isolados não apresentaram perfis bioquímicos similares as cepas de referência de Leishmania e Endotrypanum. Dos fragmentos de DNA da região ITS sequenciados, verificou-se a formação de três grupos/espécies, sendo nove com características biológicas similares ao subgênero Viannia e dois para o subgênero Leishmania. Sugere-se a participação de L. dendrophyla na transmissão de flagelados do gênero Leishmania circulando em SGC, podendo ser a região considerada como área de risco em LTA. |