Prevalência de transtorno de estresse pós traumático e fatores associados em bombeiros militares do Rio De Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santana, Thais Gouvea da Silva lattes
Orientador(a): Souza, Wanderson Fernandes de lattes
Banca de defesa: Souza, Wanderson Fernandes de lattes, Souza, Marcos Aguiar de lattes, Souza, Israel lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14527
Resumo: Os profissionais de emergências permanecem constantemente vulneráveis às situações que produzem alto nível de estresse. Estes estressores ocupacionais corroboram com o desenvolvimento de sofrimento psíquico. Dentre os transtornos mentais associados aos estressores ocupacionais destaca-se o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), que é uma perturbação psíquica decorrente de exposições a situações ameaçadoras experimentadas pelo indivíduo ou apenas presenciadas por este. A proposta da referida pesquisa foi estudar a presença de sintomas de transtorno de estresse pós-traumático e fatores associados em bombeiros militares do Estado do Rio de Janeiro. Para tanto, foi realizado um estudo transversal, utilizando uma análise quantitativa, onde foram aplicados 194 questionários e escalas em Bombeiros ativos que atuam na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os militares participantes foram submetidos de forma facultativa a responderem questões relacionadas a dados sociodemográficos, por meio do Questionário de Dados Gerais, assim como foram arguidos sobre pensamento e/ou tentativa de suicídio, queixas que apresentaram como reação a eventos traumáticos, através do PCL-C, avaliação da qualidade de vida e bem estar subjetivo, utilizando a Escala de Afetos Positivos e Negativos - PANAS, identificação do grau de paralisia/congelamento induzidos por situações traumáticas, utilizando a Escala de Imobilidade Tônica - TIS6, o Questionário de Experiências Dissociativas Peritraumáticas – PDEQ, que avalia a presença de experiências dissociativas que podem acontecer diante de situações traumáticas, a escala SF12 que avalia a percepção da qualidade de vida considerando os aspectos de saúde do indivíduo e PHQ9 para identificação de sintomas para o episódio de depressão maior. Os dados foram analisados utilizando o programa SPSS®. De acordo com os resultados obtidos pela investigação, verificou-se que 75% da amostra era do sexo masculino, com idade média de 36 anos (Média=36,88). A maioria casado (75%) e tinham filhos (76%). Mais da metade da amostra tinha nível médio (38%) ou superior (34%) e já trabalhava na instituição (50%) entre 6 e 10 anos. A prevalência de Transtorno de Estresse Pós Traumático obtida nesta investigação foi de 21%, sendo que as mulheres apresentaram duas vezes mais sintomas sugestivos que os homens. Os resultados demonstraram ainda correlação significativa entre o TEPT e afastamentos por motivo de saúde, formação na área de saúde, afetos negativos, dissociação peritraumática, imobilidade tônica, depressão e sintomas de TMC, corroborando com a literatura consultada. Vale ressaltar a importância de realizar estudos futuros, a fim de confirmar e obter resultados mais precisos, além de estudos longitudinais que acompanhe a trajetória destes militares, colaborando para a melhoria e ampliação dos serviços de saúde mental prestados nas instituições de bombeiros militares.