Caminhos para Osíris: a constituição da narrativa osiriana entre o Antigo Reino e o Primeiro Período Intermediário (2323 – 2040 a.C)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Petterson Magno da Silva lattes
Orientador(a): Caldas, Marcos José de Araújo
Banca de defesa: Arrais, Nely Feitoza, Berriel, Marcelo Santiago, Lima, Fábio Frizzo de Moraes, Chapot, Gisela, João, Maria Thereza Davi
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13875
Resumo: Entre fins do Antigo Reino (2686 – 2181 a.C.) e o Primeiro Período Intermediário (2181 – 2040 a.C.) pode-se constar uma expansão do culto do deus Osíris, que deixa de ser uma divindade exclusivamente ligada a monarquia e passa a ter seu culto associado a nobreza egípcia. Além disso, é possível constatar diversas alterações no culto deste deus. Este processo é um consenso entre os historiadores e a maior parte da historiografia atribui este fato a uma pretensa fragilidade do Estado egípcio, que estaria entrando em um processo de descentralização. Dessa forma, o culto de Osíris representaria a independência político- religiosa dos nobres egípcios, que não dependeriam mais do rei para atingir a sua imortalidade, tal como era no Antigo Reino. Esta dissertação contesta tal hipótese, e vai demonstrar como o Estado egípcio nunca foi centralizado, ao menos não no Antigo Reino, e que as relações de negociação faziam parte do mesmo, e eram estas que o faria mais forte. Neste sentido, admite-se que no contexto em questão a monarquia menfita estava em crise, e é neste quadro que inserimos o fenômeno do qual trata este trabalho. A expansão do culto desta divindade se deu em um cenário de disputas políticas pelo controle do Estado, e não contra o Estado.