Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva Neto, Eduardo Carvalho da
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Orientador(a): |
Pereira, Marcos Gervasio
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Banca de defesa: |
Pereira, Marcos Gervasio
,
Oliveira, Fábio Soares de
,
Valladares, Gustavo Souza
,
Terra, Ingrid Horák
,
Souza, José João Lelis Leal de
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9055
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Resumo: |
A pesquisa busca contribuir para o entendimento da gênese de solos orgânicos não hidromórficos em ambientes altomontanos na região Sudeste do Brasil. A tese foi organizada em dois capítulos, no Capítulo I - Referencial teórico sobre Organossolos, são apresentadas e discutidas fontes bibliográficas importantes para o embasamento teórico da tese. Além da grande relevância ambiental, os solos orgânicos são importantes arquivos naturais para a compreensão do passado por meio da reconstituição paleoambiental, fornecendo dados para inferências sobre o clima e a vegetação do passado e tendências futuras diante das mudanças climáticas. Possuem grande relevância na regulação do clima, armazenamento de água, manutenção da biodiversidade. No Capítulo II, de título – Solos orgânicos em ambientes altomontanos no Sudeste do Brasil: formação, classificação e relações com a história da vegetação, são apresentados e discutidos os resultados da caracterização de 14 perfis descritos e coletados em ambientes altomontanos na região da Serra da Mantiqueira, no Sudeste do Brasil. As seguintes hipóteses foram levantadas: (i) a formação de solos orgânicos em condições de drenagem livre, está relacionada com a história da vegetação e variações das condições climáticas no passado; (ii) o clima frio e úmido dos ambientes altomontanos na região Sudeste do Brasil resulta em solos com propriedades ândicas (não-alofânicos). O objetivo geral foi propor um esquema geral de formação desses solos, com base no entendimento da relação solo- paisagem e na reconstituição da história da vegetação. Quanto a primeira hipótese, com base nos registros de fitólitos, δ 13C, estoques de carbono derivados de plantas C3 e C4, e datações 14C foi possível inferir 4 momentos ambientais: Fase I (antes de ~18.900 anos cal AP), clima marcadamente mais frio e seco do que o atual, com predomínio de vegetação de campos subtropicais e ocorrência de incêndios; Fase II (~18.900 anos cal AP a ~11.100 anos cal AP), ligeiro aumento de umidade, diminuição de incêndios e expansão de formações florestais, com rara presença de Araucaria angustifolia; Fase III (a partir de ~11.100 anos AP) aumento da umidade, com estabelecimento das condições atuais (clima frio e úmido, típico dos ambientes altomontanos), e marcada presença de Araucaria nas florestas altomontanas; Fase IV (presente) mudanças ambientais relacionadas com o aumento da ocorrência de incêndios, redução de indivíduos de Araucaria e aumento de Bambusoid, Arecaceae e plantas C4, possivelmente ligada à atividades humanas. Quanto a segunda hipótese, os Organossolos Fólicos nos ambientes altomontanos da Serra da Mantiqueira são formados por acumulação de liteira (resíduos da vegetação) e podem ocorrer dois pedoambientes: (i) diretamente sobre rochas nos campos de altitude, pelos processos de adição e transformação da liteira, que constituem o principal material parental desses solos; e (ii) em florestas altomontanas, com horizontes hísticos formados sobre horizontes minerais. Em ambos os casos, o clima frio e úmido e a vegetação (organismos) são os principais fatores de formação, não apenas reduzindo a decomposição da matéria orgânica, mas influenciando as propriedades físicas e químicas dos solos. O clima frio e úmido dos ambientes altomontanos na região sudeste do Brasil também resulta em solos com propriedades ândicas (não-alofânicos). |