A invisibilidade da Capitu visível em Dom Casmurro: Seropédica, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Dalbone, Alcimare Silva lattes
Orientador(a): Ramos, Pedro Hussak van Velthen lattes
Banca de defesa: Ramos, Pedro Hussak van Velthen lattes, Duarte, Michelle Bobsin lattes, Dias, Rosa Maria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19237
Resumo: O presente texto tem como objetivo investigar a invisibilidade de Capitu, personagem criada por Machado de Assis no final do século XIX; no que tange ao modo como ela foi vista por um século: mulher estigmatizada como adúltera. Com o intuito de reverter essa imagem rotulada, que tanto leitores quanto a crítica especializada tem dela, será posto em segundo plano a possibilidade, ou não, de traição. O foco recairá sobre o próprio relacionamento, considerado, neste trabalho, abusivo por parte de seu companheiro Bento Santiago. Para discorrer sobre este tema, será usada uma abordagem feminista baseada, por um lado, na visão de Simone de Beauvoir; por outro, na mobilização de conceitos ligados ao feminismo contemporâneo como gaslighting, manterrupting e ghosting. Além disso, será mobilizada também a filosofia de Nietzsche, cujos conceitos de vontade de potência, valores ascendentes e decadentes, grande saúde e ressentimento vão operar neste trabalho a fim de subverter a crítica instaurada contra Capitu recuperando e trazendo à luz, por meio de uma análise atenta do romance, Dom Casmurro, suas qualidades que sempre ficaram à sombra devido à perspectiva ressentida do narrador da história, seu marido Bento Santiago.