Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Salvaterra, Barbara
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Orientador(a): |
Lerrer, Débora Franco |
Banca de defesa: |
Lerrer, Débora Franco,
Gestoso, José Ignácio Cano,
Cavalcanti, Ludmila Fontenele,
Silva, Eduardo Ribeiro |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11591
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Resumo: |
Esta dissertação é um estudo exploratório sobre as violências notificadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), contra meninas e mulheres no Estado do Rio de Janeiro, de 2009 a 2014. Recentes políticas e legislações de enfrentamento à violência contra meninas e mulheres têm propiciado debate e análise sobre o tema, porém, existem ainda muitas lacunas de conhecimento, em especial quanto aos possíveis fatores de risco, vulnerabilidades, especificidades locais associadas e recorrências. Como fonte de informação, a gradual melhoria na padronização e formulação dos dados de atendimento, através do SINAN, pode auxiliar-nos na compreensão das características que conformam o fenômeno da violência contra meninas e mulheres, e consequentes avanços para o planejamento e monitoramento das ações de enfrentamento. Assim, utilizando o banco de dados do SINAN, selecionamos as notificações de violências contra meninas e mulheres, e tivemos como objetivos: I) produzir análise descritiva do perfil das meninas e mulheres atendidas, de características de seus agressores, das violências notificadas e encaminhamentos intersetoriais; e II) analisar os fatores de risco associados à probabilidade de recorrência de qualquer tipo de violência. Nossos resultados revelaram que são maiores as chances de se repetir qualquer forma de violência se a vítima já é parceira íntima do autor da violência, se é idosa, se está separada, se o local da agressão é residencial e, divergentemente da literatura, se o agressor não fazia uso de álcool. Essa foi uma análise exploratória, pois havia enorme percentual de perda de informação entre as variáveis, selecionadas a partir da literatura. Em nossas considerações finais ressaltamos a necessidade de investimentos em formação profissional e capacitação técnica para a melhoria da qualidade dos dados. Adicionalmente, recomendamos a criação de observatório intersetorial e multidisciplinar de vigilância da violência contra mulher, que discuta, proponha respostas e facilite caminhos de execução para a melhoria da qualidade dos dados, monitoramento, análise e avaliação das políticas e serviços públicos de enfrentamento à violência contra meninas e mulheres. |