Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Souza, Diego Marcos Borges Gomes de
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Orientador(a): |
Menezes, Thereza Cristina Cardoso
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Banca de defesa: |
Menezes, Thereza Cristina Cardoso,
Schmitt, Claudia Job,
Pereira, Cloves Farias |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20807
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Resumo: |
Este trabalho compete identificar os processos de tomadas de decisões individuais e coletivas referentes às trajetórias dos agricultores familiares da associação dos pequenos produtores do Assentamento Benedito Alves Bandeira (APRABAB). A maioria dos agricultores tem origem no município de Bujaru, e articulam-se em grupos coletivos que têm origem nas comunidades eclesiais de base do município. A reconstrução das memórias e acontecimentos no assentamento, demonstram aproximações com instituições de ensino e apoio à agroecologia e desde meados de 2002, foram parte chave para mudanças de perspectivas de desenvolvimento socioprodutivos. A reconstrução das trajetórias nos mostra que os processos de transição para práticas ecológicas e a construção de sistemas agroflorestais se deu como um desafio no estabelecimento das perspectivas produtivas dos assentados. A chegada do projeto PROSAF (Projeto de Restauração Florestal através de Sistemas Agroflorestais) com a demonstração de modelos de sistemas agroflorestais mobilizaram perspectivas e influenciaram modos produtivos entre os associados. A forte presença das organizações coletivas foi partes cruciais dos processos de tomadas de decisões estabelecidos no ambiente de cada unidade familiar, a forte história de resistência, luta e engajamento perante a luta por justiça social, marca pontos de referências nos agentes sociais e lideranças do assentamento e nas tomadas de decisões perante as perspectivas produtivas. O estabelecimento de encontros em espaços coletivos, construções coletivas de sistemas agroflorestais, assim como a forte resistência ao avanço tecnológico do dendê, foram pontos comuns nas diversas trajetórias e história de vidas relatadas entre os assentados. A organização coletiva e individual de cada indivíduo representa as diversas possibilidades por buscas resilientes de estratégias produtivas frente às autonomias de gestão ecológicas dos sistemas produtivos e a memória biocultural das comunidades tradicionais. |