O processo de institucionalização da soja transgênica no Brasil nos anos de 2003 e 2005: a partir da perspectiva das redes sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Castro, Biancca Scarpeline de lattes
Orientador(a): Castro, Ana Célia lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11621
Resumo: Esta dissertação de mestrado analisa o processo de institucionalização da soja transgênica no Brasil, a partir da perspectiva das redes sociais, especificamente nos anos de 2003 e 2005. Para tal foi realizado um capítulo metodológico onde o enfoque de redes, seu surgimento na sociologia econômica, seus diferentes tipos e propriedades e, suas utilizações na presente pesquisa foram explicadas. Inicialmente, foi apresentado o contexto em que a soja transgênica se difundiu no país, tanto no que se refere ao panorama geral do seu cultivo convencional, quanto no contexto histórico, político, jurídico e social em que as discussões e disputas a respeito deste organismo geneticamente modificado se iniciaram. As análises de redes sociais para os anos de 2003 (capítulo III) e 2005 (capítulo IV), contaram com históricos detalhados da situação corrente sobre o assunto e, a partir destes, foram definidos e apontados os atores que fizeram parte do processo, sendo agrupados de acordo com suas características comuns. Com a definição dos atores e suas relações, foi possível realizar a construção e a análise da figura da rede social e puderam ser aplicadas algumas de suas propriedades. Já as análises da institucionalização da soja transgênica foram realizadas com base na teoria institucionalista, a partir da aplicação da metodologia das redes sociais. Duas hipóteses foram confirmadas com a pesquisa: A primeira ratificou a utilidade e relevância da metodologia de redes sociais para analisar processos de institucionalização já que não privilegia agência sobre estrutura. A segunda apontou que as deliberações a respeito da utilização e difusão da soja transgênica eram políticas e econômicas, a despeito de envolverem estudos e decisões científicas. Na pesquisa foi concluído que a institucionalização estudada nesta dissertação não se encerrou nos processos formais e informais observados, devido à falta de estrutura governamental para cumprir a legislação sobre o tema, ao seu desconhecimento por grande parte da população e ao rechaço destes de outra parcela, contrária à sua produção e comercialização. Assim sendo, o processo de institucionalização da soja transgênica, a despeito de sua legalização ter ocorrido, encontra-se ainda em curso.