Taxonomia e distribuição da família Phoxocephalidae G. O. Sars, 1891 (Crustacea: Amphipoda) na plataforma continental e mar profundo do sudoeste atlântico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Andrade, Luiz Felipe de lattes
Orientador(a): Senna, André Resende de lattes
Banca de defesa: Senna, André Resende de lattes, Brasil, Ana Claudia dos Santos lattes, Silva, Hélio Ricardo da lattes, Souza Filho, Jesser Fidelis de lattes, Giupponi, Alessandro Ponce de Leão lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9209
Resumo: A família Phoxocephalidae Sars, 1891 é um dos táxons de anfípodes mais diversos em termos de caracteres taxonômicos, estando agrupada na subordem Amphilochidea Boeck, 1871. Possuem hábitos bentônicos, vivendo a maior parte do tempo enterrados no substrato, e são amplamente distribuídos batimetricamente, sendo encontrados de águas rasas até o mar profundo. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo taxonômico da família Phoxocephalidae coletados na plataforma continental e mar profundo da costa sudoeste do Oceano Atlântico. O material examinado foi obtido através de coletas realizadas ao largo da costa atlântica da América do Sul, do norte do estado do Rio de Janeiro até Mar del Plata, na Argentina, nos anos de 1969 até 1972, em profundidades que variaram de 15 a 500 metros. As campanhas foram organizadas pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), com a utilização de dois navios oceanográficos, N/Oc. Almirante Saldanha e N/Oc. Prof. W. Besnard, sendo este último no âmbito do projeto MBT (Mini Biological Trawl). Todos os espécimes encontram-se conservados em etanol 70% e estão depositados na Coleção de Crustacea da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Para o estudo taxonômico, os apêndices e peças bucais dos indivíduos foram dissecados e montados em lâminas de gelatina de glicerina, desenhados sob microscópio óptico com câmara clara, Motic-BA 310, e as ilustrações foram digitalizadas em CorelDRAW 2018. Após a análise de amostras de 33 estações, foi possível identificar 19 espécies de Phoxocephalidae agrupadas em 8 gêneros já conhecidos, além da descrição de um novo gênero pertencente à subfamília Phoxocephalinae. Desse total, foram descritas nove novas espécies agrupadas nos seguintes gêneros: Cephalophoxoides Gurjanova, 1977; Heterophoxus Shoemaker, 1925; Limnoporeia Fearn-Wannan, 1968; Phoxocephalinae gen. nov; e Pseudharpinia Schellenberg, 1931. As espécies Metharpinia dentiurosoma Alonso de Pina, 2003, M. grandirama Alonso de Pina, 2003 e M. iado Alonso de Pina 2003 conhecidas apenas para a Argentina, foram registradas para águas brasileiras pela primeira vez. Além disso, as seguintes espécies tiveram sua distribuição expandidas: M. protuberantis Alonso de Pina, 2001; Microphoxus cornutus (Schellenberg, 1931); Mi. uroserratus Bustamante, 2002; Fuegiphoxus abjectus J.L. Barnard & C.M. Barnard, 1980; F. fuegiensis (Schellenberg 1931); P. tupinamba Senna & Souza-Filho, 2011; e Parafoxiphalus longicarpus Alonso de Pina, 2001. Chaves de identificação para o mundo foram criadas quando necessárias ou atualizadas para todos os gêneros de Phoxocephalidae encontrados nas campanhas. Foram elaborados mapas de distribuição para todas as novas espécies descritas com o uso do software QGIS 3.2.1.