Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Pedro Zanetti Freire
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Orientador(a): |
Sansevero, Jerônimo Boelsums Barreto |
Banca de defesa: |
Sansevero, Jerônimo Boelsums Barreto,
May, Peter Herman,
Moraes, Luiz Fernando Duarte de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15697
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Resumo: |
O bioma Mata Atlântica é considerado um dos biomas mais biodiversos do planeta, entretanto, após os mais diversos ciclos de uso e ocupação do solo, está também entre os mais ameaçados. Por conta desta situação, diversos compromissos e iniciativas começam a surgir para a restauração de áreas degradadas no bioma. Com a aprovação da Lei n° 12.651, de 2012, uma oportunidade surgiu para a cadeia produtiva da restauração, uma vez que cria-se uma demanda para a adequação ambiental dos imóveis rurais da Mata Atlântica. Entretanto, a restauração nunca tomou a escala necessária no bioma, se resumindo a pequenas e esparsas iniciativas. Dentre as principais barreiras identifica-se o custo elevado para restauração das áreas degradadas e a resistência cultural dos agricultores à presença de árvores nas áreas produtivas, o que inibe aqueles interessados em restaurar. É nesse contexto que os sistemas agroflorestais (SAF) surgem como alternativa interessante de restauração da paisagem florestal da Mata Atlântica, pois parte dos custos pode ser paga com a variedade de produtos que a agrofloresta proporciona. A possibilidade de utilização dos sistemas agroflorestais para recuperação de áreas de preservação permanente e reserva legal pelo novo Código Florestal indica que esta alternativa ganha cada vez mais espaço dentre as opções de restauração ecológica. Contudo, é fundamental avaliar se esta alternativa realmente promove a restauração da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos associados. Desta forma, as principais questões abordadas nesse projeto foram: Os SAF têm potencial para manter a provisão de serviços ecossistêmicos e incrementar a biodiversidade na Mata Atlântica quando comparado com os sistemas produtivos convencionais (monoculturas agrícolas e florestais) e a floresta nativa bem conservada (ecossistema de referência)? Qual o efeito dos diferentes tipos de SAF na biodiversidade e oferta de serviços ecossistêmicos? Para responder estas perguntas foi realizada uma meta análise a partir de estudos realizados na Mata Atlântica. No total foram analisados 72 estudos, gerando um total de 1.700 observações em 143 sítios. Os resultados mostram que nenhum dos sistemas produtivos consegue chegar nos mesmos níveis de biodiversidade e provisão de serviços ecossistêmicos das florestas em bom estado de conservação. Os sistemas agroflorestais biodiversos apesar dos valores negativos em comparação com os sistemas de referência, têm efeito positivo em relação aos sistemas agroflorestais simples e os sistemas convencionais (Tamanho médio do efeito para biodiversidade foi -0,1, -0,25 e -0,55, respectivamente, e para serviços ecossistêmicos -0,1, – 0,75 e -0,7, respectivamente). Os valores para os efeitos nos serviços de suporte mostraram que os sistemas agroflorestais biodiversos não diferem significativamente das florestas em bom estado de conservação. Os resultados encontrados trazem implicações práticas para a discussão do uso destes modelos de produção na restauração de processos ecológicos na Mata Atlântica e o papel que podem desempenhar na paisagem multifuncional das propriedades rurais. |