Avaliação do status funcional da glândula tireoide comparado com parâmetros hematológicos, bioquímicos, histológicos e moleculares na pele de cães da raça Golden Retriever

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carvalho, Renata Ribeiro Novais de lattes
Orientador(a): Reis, Luis Carlos lattes
Banca de defesa: Silva, Patricia Cristina Lisboa da, Santos, Edna Michelly da Sá, Olivares, Emerson Lopes, Fernandes , Júlio Israel
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
PCR
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10119
Resumo: O hipotireoidismo é uma doença hiperdiagnosticada em cães devido ao desafio que representa para o médico veterinário. Além de não apresentar sinais clínicos específicos, os métodos diagnósticos disponíveis na rotina clínica são falhos. Além desta problemática, novos estudos vêm surgindo evidenciando que os valores de referência usuais por espécie são ultrapassados e não correspondem à realidade diagnóstica. Com objetivo de avaliar os recursos laboratoriais em conjunto para diagnóstico desta endocrinopatia, foram utilizados 21 cães machos da raça Golden Retriever, variando entre 4 e 12 anos de idade. Todos os animais eram suspeitos de hipotireoidismo por pelo menos um sinal clínico ou laboratorial compatível, segundo a literatura. Além disso, todos foram avaliados quanto à ingestão diária de iodo devido à possibilidade dos resultados hormonais serem compatíveis com o efeito Wolff-Chaikoff. Na primeira fase do estudo, foram mensurados T4 livre por diálise (T4ld) e o hormônio estimulador da tireoide (TSH). Utilizando os valores normais para a espécie como referência, foi possível distribuir os animais em dois grupos devido à diferença estatística de T4ld (p=0,023): (1) Eutireoideos (n=13) e (2) Hipotireoideos (n=8). É importante destacar que não houve diferença significativa entre os grupos com relação à concentração plasmática de TSH (p=0,0455). Clinicamente, não houve relação entre os sinais apresentados com os resultados hormonais. Acerca da ingestão de iodo, foi possível perceber que todos os animais estavam sendo submetidos a dietas com excesso do microelemento, embora estas concentrações não possam ser relacionadas com a variação hormonal. A partir de então, iniciou-se a segunda fase do estudo com 12 cães submetidos ao teste de estimulação com TSH recombinante humano (rhTSH) e biópsia de pele para histopatologia e PCR em tempo real. Este último para determinar a expressão da desiodase do tipo 2 (D2) e receptor de hormônio tireoidiano do tipo β (Trβ). O teste de estimulação com rhTSH revelou diferença significativa entre a concentração de T4t pré e pós-TSH em ambos os grupos (grupo 1: p<0,05; grupo 2: p<0,001). Todavia, não houve diferença estatística entre os grupos. Os resultados obtidos a partir do exame histopatológico foram inconsistentes tanto para suscitar a doença como para excluí-la, sugerindo ser um exame auxiliar falho. Não obstante, ao avaliar os resultados hormonais frente a referência racial, nota-se que, na realidade, pode-se estar diante de 21 cães normotireoideos e, portanto, os resultados estatisticamente insignificantes seriam esperados. Desta forma, é possível concluir que os valores de referência necessitam ser utilizados com cautela e quanto menos variáveis existir neste quesito, maior a acurácia do diagnóstico