Efeito de formulações oleosas de fungos entomopatogênicos no controle do carrapato Rhipicephalus microplus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Camargo, Mariana Guedes lattes
Orientador(a): Bittencourt, Vânia Rita Elias Pinheiro lattes
Banca de defesa: Fernandes, Everton Kort Kamp, Prata, Márcia Cristina de Azevedo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11908
Resumo: A utilização de formulações de fungos entomopatogênicos no controle de carrapatos tem sido amplamente estudada. O presente estudo avaliou a eficácia de formulações do isolado Ma 959 de Metarhizium anisopliae sensu lato (s.l.) e Bb 986 de Beauveria bassiana contendo 10%, 15% e 20% de óleo mineral sobre ovos, larvas e fêmeas ingurgitadas de Rhipicephalus microplus, além de comparar a eficiência entre formulações oleosas e suspensões aquosas dos mesmos isolados fúngicos sobre as fases do desenvolvimento do carrapato R. microplus. Foram formados doze grupos: controle aquoso e controles com 10%, 15% ou 20% de óleo mineral, suspensão aquosa de M. anisopliae s.l. ou B. bassiana e formulações de M. anisopliae s.l. ou B. bassiana contendo 10%, 15% ou 20% de óleo mineral. Para o preparo das suspensões aquosas e formulações oleosas, os isolados fúngicos foram cultivados em grãos de arroz acondicionado em sacos de polipropileno. As suspensões e formulações conidiais utilizadas possuíam concentração de 108 conídios/mL. Os bioensaios foram repetidos duas vezes. Os parâmetros biológicos das fêmeas ingurgitadas foram avaliados; em relação aos ovos foram avaliados os períodos de incubação e eclosão e o percentual de eclosão, e para larvas foi avaliado o percentual de mortalidade. As formulações oleosas de M. anisopliae s.l. e de B. bassiana foram mais eficazes sobre ovos, larvas e fêmeas ingurgitadas de R. microplus do que as suspensões aquosas. O isolado de M. anisopliae s.l. formulado em óleo mineral causou alterações significativas em todos os parâmetros de fêmeas ingurgitadas, entretanto, as formulações oleosas do isolado de B. bassiana alteraram significativamente somente o índice nutricional. Os isolados fúngicos de M. anisopliae s.l. e B. bassiana formulados em óleo mineral apresentaram percentual de controle de até 93,69% e 21.67%, respectivamente, enquanto que o percentual de controle das suspensões aquosas de M. anisopliae s.l. e B. bassiana foi de 18,70% e 1,72%, respectivamente. No tratamento de ovos, as formulações oleosas de M. anisopliae s.l. e B. bassiana causaram redução no percentual de eclosão de até 102,5 e 3,64 vezes, respectivamente. No bioensaio com larvas, as formulações oleosas de M. anisopliae s.l. causaram um percentual de mortalidade próximo a 100% no quinto dia após o tratamento, enquanto que as formulações de B. bassiana atingiram este percentual somente no 20º dia após o tratamento. Os grupos controle contendo óleo mineral causaram mortalidade de larvas a partir do 15º dia após o tratamento, indicando um possível efeito tóxico do óleo sobre este estágio de R. microplus. Os resultados demonstram que o isolado Ma 959 de M. anisopliae s.l. foi mais virulento para fêmeas ingurgitadas, ovos e larvas de R. microplus do que o isolado Bb 986 de B. bassiana. As formulações oleosas dos fungos testados foram mais eficazes do que as suspensões aquosas. O óleo mineral utilizado nas concentrações de 10%, 15% e 20% potencializa a ação dos isolados Ma 959 de M. anisopliae s.l. e Bb 986 de B. bassiana contra o carrapato R. microplus, podendo ser utilizado como adjuvante em formulações oleosas.