Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Brito, Diego de Mello Conde de
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Orientador(a): |
Souza, Sonia Regina de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Química
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Departamento: |
Instituto de Ciências Exatas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14709
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Resumo: |
As crises e as projeções em torno do mercado do petróleo apontam para a necessidade crescente do desenvolvimento de fontes alternativas de energia. Nesse contexto, os biocombustíveis são caracterizados como a principal fonte alternativa de energia e, dentre os países com o maior potencial para sua produção, o Brasil destaca-se devido suas possibilidades na agroenergia. Isso se justifica pela grande disponibilidade de mão de obra e área para cultivo e, além disso, pela alta diversidade vegetal que o país apresenta. Entretanto, o desenvolvimento da agroenergia, pode acarretar o desvio de parte da produção de alimentos, já que as principais culturas utilizadas para esse fim são a soja, o milho, a cana-de-açúcar, o girassol e a canola. Assim, torna-se extremamente importante, o desenvolvimento do potencial de culturas que não tenham emprego na indústria de alimentos. O crambe (Crambe abyssinica) apresenta um alto potencial para a indústria de biodiesel devido a sua precocidade (pode ser colhido por volta dos 90 dias), a alta produtividade (1000 e 1500 kg/ha), o baixo custo de produção, e um percentual de óleo total na semente que fica entre 26 e 38%. Além disso, deve-se ressaltar que o crambe é tóxico para a alimentação humana e, portanto, não compete diretamente com a produção de alimentos. Por outro lado, embora a cultura apresente um grande potencial, ainda estão disponíveis poucas informações sobre sua produção, já que não existe um manual de cultivo estabelecido. Dessa forma, tornam-se viáveis pesquisas que tenham o objetivo de otimizar sua produção com o mínimo de custos e impactos ao ambiente. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de diferentes doses de nitrogênio sobre o metabolismo vegetal, por causa da reconhecida influência desse nutriente na produtividade das culturas e por representar uma parcela significativa dos gastos envolvidos na produção agrícola. Assim, plantas de crambe foram cultivadas em solução nutritiva com diferentes doses de nitrogênio (T1= 1, T2= 2,5, T3= 5 e T4= 7,5 mM de N-NO3 -) em casa de vegetação. Cada tratamento foi composto por 3 repetições e, ao longo do experimento, foram realizadas 2 coletas, sendo a primeira no início da floração e a segunda no fim da produção de sementes (aos 68 e 103 dias após a germinação, respectivamente). O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 x 2 (Trat x Col). Dentre os resultados obtidos, é possível destacar que não houve influência significativa das diferentes doses de nitrogênio na produção de grãos. Além disso, o tratamento com a menor dose de nitrogênio (T1= 1 mM de N-NO3 -) se mostrou eficiente, já que possibilitou a obtenção de um alto rendimento de óleo frente aos demais tratamentos. Assim, os resultados obtidos, em hidroponia, apontam para a viabilidade da utilização dessa dose para o cultivo de crambe, já que representa um meio para a otimização da produção juntamente com uma diminuição dos custos e impactos ao ambiente. |