Influência da fármaco-acupuntura nas respostas de estresse de equinos durante o transporte rodoviário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Godoi, Tatianne Leme Oliveira Santos lattes
Orientador(a): Medeiros, Magda Alves de lattes
Banca de defesa: Szabó, Márcia Valéria Rizzo Scognamillo, Orozco, Cesar Andrey Galindo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14200
Resumo: O transporte é um potencial fator de estresse para os equinos. A exposição repetida, ou a reação exagerada e prolongada a situações de estresse, estão associadas ao aparecimento de diversas doenças. Desta forma, é fundamental o uso de estratégias que possam diminuir o potencial estressor do transporte em equinos. A acupuntura tem mostrado efeitos benéficos na redução das respostas de estresse nos estudos em animais e em humanos. A fármacoacupuntura, é uma técnica da acupuntura que consiste na injeção de doses reduzidas de fármacos em pontos de acupuntura, visando o efeito terapêutico sem os efeitos colaterais indesejáveis da dose total do fármaco. Acepromazina (ACP) é um fenotiazínico, comumente utilizado para produzir tranquilização em procedimentos clínicos ou cirúrgicos e no transporte de animais. O presente experimento comparou o efeito da fármaco-acupuntura (VG1- ACP 1/10; injeção de 1/10 da dose usual de acepromazina no ponto de acupuntura VG1), da aquaacupuntura (VG1-SAL; injeção de salina no ponto de acupuntura VG1), da acepromazina (CTL- ACP; 0,1mg/kg, IM na tábua do pescoço) e da injeção de salina na tábua do pescoço (CTL-SAL) nas respostas de estresse de equinos saudáveis submetidos ao estresse de transporte rodoviário (2,5 horas de duração). Os tratamentos foram realizados imediatamente antes do embarque e foram avaliadas as respostas comportamentais (escore de atividade), temperatura corporal, frequência respiratória, frequência cardíaca (mensurada através de um frequencímetro cardíaco) e o nível de cortisol sérico (mensurado por radioimunoensaio). Foram utilizados 16 equinos machos, sendo transportados 8 animais por viagem, onde cada animal foi transportado duas vezes, com uma semana de intervalo entre as viagens, totalizando 4 viagens e 8 animais por grupo. A posição no caminhão e os tratamentos foram inteiramente casualisados. O transporte rodoviário promoveu aumento na frequência cardíaca (FC Med, FC Max e FC Min), na frequência respiratória, na temperatura corporal e nos níveis de cortisol sérico. A fármaco-acupuntura (VG1-ACP 1/10) foi capaz reduzir o aumento da FC Med induzida pelo estresse, sem alterar outros parâmetros estudados. A aqua-acupuntura (VG1-SAL) não alterou nenhum dos parâmetros estudados. A acepromazina (0,1mg/Kg, IM) produziu sedação considerável e bloqueou o aumento da frequência respiratória induzida pelo estresse, sendo possível sugerir depressão respiratória. Além disso, a acepromazina não preveniu o aumento dos níveis de cortisol induzido pelo estresse. Estes resultados sugerem que o uso da acepromazina no transporte em equinos deve ser considerada com cautela. Outros tipos de estimulação de pontos de acupuntura devem ser testados para verificar o efeito benéfico desta terapia para redução do estresse em equinos.