Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Conceição, Thiago Silva da
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Orientador(a): |
Menezes, Sady Júnior Martins da Costa de |
Banca de defesa: |
Menezes, Sady Júnior Martins da Costa de,
Almeida, Fábio Souto de,
Silva, Jonathas Batista Gonçalves,
Andrade, Ricardo Guimarães |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental
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Departamento: |
Instituto de Tecnologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13295
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Resumo: |
Na data de cinco de novembro de 2015 registrou-se aquele que atualmente é classificado como o maior acidente ambiental da história no Brasil, o rompimento do depósito de rejeito de mineração contido na barragem de Fundão, localizada em Bento Rodrigues, distrito do município de Mariana no estado de Minas Gerais. Este depósito de rejeito é administrado pela empresa Samarco Mineração S. A., representante e subsidiária de um consórcio internacional das empresas Vale S. A. e a BHP Billiton. Este acidente ambiental ganhou a devida importância em função das suas consequências diretas, onde cabe ressaltar a destruição total da área urbana do distrito de Bento Rodrigues, a perda de dezenove vidas humanas e o assoreamento e contaminação dos rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce. Entretanto a cadeia de consequências indiretas, em função do tipo e da forma em que o rejeito se encontrava, bem como o meio de dispersão favorecido pela dinâmica hidrográfica local, acabou conduzindo na potencialização dos prejuízos ambientais, econômicos e sociais, na medida em que a dinâmica da bacia hidrográfica influenciou diretamente na dispersão e evolução do problema, enquanto conduzia o fluxo de lama ao longo da calha dos rios localizados à jusante do ponto do acidente. A presente pesquisa, por meio da aplicação de geotecnologias em suas análises, estabelece uma divisão na área de estudo em duas regiões, a diretamente afetada pelo rejeito da lama na supressão das áreas onde ela avançou no terreno (Região 1: ponto do rompimento da barragem até o vertedouro da UHE Risoleta Neves, contemplando os rios Gualarxo do Norte, Carmo e Doce), sendo a área desta região de 52.162,46 hectares e um total de 308 propriedades (imóveis rurais) atingidas pelo acidente. A Região 2 possui uma área de 237.135,12 hectares e um total de 762 propriedades localizadas às margens do rio Doce (do vertedouro da UHE Risoleta Neves até atingir sua foz no Oceano Atlântico) onde o principal agravante ambiental foi a contaminação deste rio. Por meio da elaboração dos mapas de uso e cobertura da terra, contabilizou para a Região 1 um total de 1.999,92 hectares de área afetada pela lama de rejeito dos quais 76,5% implicaram em perdas diretas aos imóveis rurais cadastrados no CAR. Identificando também para os municípios de Mariana e Barra Longa os imóveis que sofreram os danos diretos, apresentando estas perdas para os valores de: Área de Proteção Permanente, 821,06 ha; Área Consolidada, 429,41 ha; Reserva Legal, 141,56 ha; Vegetação Nativa: 275,70 ha. Por meio da utilização do software FragStats 4.2 realizou uma quantificação de métricas geoespaciais da paisagem, apresentando como resultados, índices correspondentes ao de áreas propícias a uma recuperação natural. Foram calculados os índices de forma SHDI e SHEI, apresentando respectivamente 1,01 e 0,46, indicando a predominância de fragmentos com formas simples e os índices de densidade de borda, com 33,57 e formato 2,03, que por sua vez reforçam um padrão de forma simplificada com pouco efeito de borda ao seu redor. O uso de dados geoespaciais públicos mostra-se eficaz no estudo da paisagem e norteia ações após análise espacial e dos eventos antes e pós-desastre quanto às corretas tomadas de decisão e atividades a serem realizadas em um ambiente impactado. |