O jogo da reparação: a vida social das políticas do pós-desastre em Mariana (MG)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Reis, Vinicius Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17987
Resumo: No dia 5 de novembro de 2015, na cidade de Mariana (MG), a barragem de Fundão, de propriedade da Samarco Mineração S.A., rompeu-se, liberando milhões de metros cúbicos de rejeitos tóxicos na Bacia do Rio Doce. Esta dissertação trata dos programas de reparação e compensação que se seguiram a este evento, chamados aqui de políticas do pós-desastre. A principal questão tratada no trabalho diz respeito às formas e aos meios pelos quais diversos atores – instituições e pessoas – negociaram, de forma conflitiva ou não, o que veio a se estabelecer como reparação. Para isso, são analisados regulações legais, estruturas formais, projetos, interações, concepções e discursos que permitem identificar os processos e dinâmicas que constituem o que chamo de vida social dos programas, atravessada pelo jogo da reparação. Desse modo, foi possível identificar os cinco eixos em torno dos quais a reparação é negociada: quem deve reparar, quem deve ser reparado, o que deve ser reparado, como deve se dar a reparação e quando ela deve ocorrer. A dissertação se baseia principalmente em observação participante e entrevistas formais realizadas em trabalho de campo em janeiro e agosto de 2019. Além de contribuir para a compreensão específica das consequências do rompimento da barragem de Mariana, o trabalho se insere no campo dos estudos sociais dos desastres e dialoga fortemente com os estudos das políticas públicas, ambos marcados pela interação metodológica e teórica entre a antropologia e a sociologia, principalmente.