Avaliação da fixação biológica de nitrogênio em plantios tecnificados de feijão-caupi na região Centro-Oeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva Júnior, Elson Barbosa da lattes
Orientador(a): Boddey, Robert Michael
Banca de defesa: Boddey, Robert Michael, Anjos, Lúcia Helena Cunha dos, Soares, Luís Henrique de Barros, Zilli, Jerri Édson
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10632
Resumo: O plantio de feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.] vem crescendo no Centro-Oeste do Brasil, que se caracteriza por uma agricultura tecnificada, com média de produtividade de 1000 kg ha-¹. Novas tecnologias de inoculação, como veículos e uma prática agrícola de pré inoculação apresentam-se como alternativa as tecnologias atuais. Assim o objetivo deste trabalho foi avaliar tecnologias de inoculação de feijão-caupi na região Centro-Oeste do Brasil. Foi avaliada a qualidade do inoculante polimérico IPC 2.2, quanto à sobrevivência de células aos 180 dias de armazenamento e quanto à capacidade de manter células viáveis após cinco semanas de inoculação. O desempenho agronômico do inoculante polimérico e da pré inoculação foi comparado com as tecnologias já recomendadas em três experimentos distintos com a mesma cultivar BRS Guariba nas áreas da Embrapa Agrobiologia (Seropédica-RJ), Embrapa Agrossilvipastoril (Sinop-MT) e na fazenda Novo Horizonte- Sementes Tomazetti ( Primavera do Leste-MT). Foi quantificada a contribuição da fixação biológica de nitrogênio pela abundância natural do delta 15N (‰) nos dois experimentos no Mato Grosso. No experimento na Embrapa Agrobiologia o inoculante polimérico IPC 2.2 foi comparado com os veículos turfoso e líquido, mais os tratamentos nitrogenados com 50 e 80 kg N ha-¹ e o absoluto. No experimento na Embrapa Agrossilvipastoril os tratamentos foram pré inoculados com inoculante polimérico IPC 2.2 e turfoso com 0, 1, 2 e 5 semanas antes do plantio para ambos inoculantes, mais o tratamento nitrogenado (70 kg N ha-¹) e o absoluto. O ensaio na fazenda Novo Horizonte foi em área de pivô central de 60 ha, com as estirpes: BR3267 em veículo polimérico e líquido; BR3262 em veículo polimérico; e o consórcio das quatro estirpes recomendadas (BR3267, BR3262, BR3301 e BR3302) em veículo polimérico. A formulação IPC 2.2 manteve concentração de células superior a 109 células por grama após 180 dias e no campo ela proporcionou uma produtividade superior ao tratamento absoluto e igual a dos tratamentos nitrogenados, veículos turfoso e líquido. A pré-inoculação com a mistura polimérica com cinco semanas obteve a maior massa de nódulos secos, porém não diferiu do controle nitrogenado e absoluto, assim como na produtividade os tratamentos não diferiram entre si. No ensaio na fazenda Novo Horizonte a inoculação com o consórcio das quatro estirpes obteve a maior massa de nódulos secos e diferiu da BR3267 em veículo líquido e da BR3262. A contribuição da fixação biológica de nitrogênio não ultrapassou os 50%, obtidas as maiores médias com 48% e 39% do N oriundo da fixação biológica respectivamente nos ensaios de pré-inoculação (14 dias no veículo turfa) e com a BR3262, na fazenda Novo Horizonte e em veículo polimérico. Assim, se conclui que o inoculante polimérico pode ser recomendado para inoculação tradicional do feijão caupi e que a inoculação da cultura deve ser uma prática corriqueira, uma vez que foi comprovado que com sementes não inoculadas não houve fixação biológica de nitrogênio.