Espaços de risco à saúde, baseados em ocorrências de Leishmaniose tegumentar no município de Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13797 |
Resumo: | A leishmaniose faz parte de um grupo de doenças tropicais negligenciadas associadas à pobreza e se desenvolve em locais com habitação precária, falta de acesso a saneamento básico e água potável, abundância de insetos e ambientes degradados. Para a ocorrência da doença, é necessária a presença de protozoários e vetores, que são os flebotomíneos. Existem inúmeros registros de animais domésticos infectados, como cães e várias espécies de animais selvagens, em uma interação reservatório-parasita muito complexa. Assim, embora seja considerada o controle da doença em áreas urbanas, a leishmaniose tegumentar americana (LTA) pode continuar ocorrendo em áreas de contato urbano-rurais. A Baixada Fluminense é um conjunto de municípios que compõem a periferia metropolitana do Rio de Janeiro, principalmente aqueles localizados nas periferias dessa região, incluindo Seropédica, área de estudo desta pesquisa na fronteira oeste, localizada a 75km da capital do estado. Dados da Secretaria de Turismo do Estado do Rio de Janeiro mostram que 36,27% da região metropolitana são áreas verdes bem preservadas. Desse percentual, cerca de um terço está na Baixada Fluminense, com destaque para o Projeto Baixada Verde, com unidades de conservação com forte potencial turístico, apoiando uma nova proposta de região turística. Essa iniciativa visa proporcionar maior visibilidade e oportunidade no cenário turístico regional: a Baixada Fluminense. No entanto, pode vir a colocar pessoas (turistas) em contato com áreas endêmicas para leishmaniose, já descritas na literatura da década de 1950. Assim, o presente estudo teve como objetivo identificar áreas de risco de infecção por LTA no município de Seropédica, no período de 2017 a 2019, comparando-as com as áreas indicadas como tendo potencial turístico no Projeto Baixada Verde. Seropédica possui as características descritas na literatura para favorabilidade da doença, tanto nas características biológicas quanto nos riscos da interface urbano-rural. Por meio de geoprocessamento e dados do DATASUS, constatou-se que o bairro Campo Lindo, embora mais urbanizado, apresentou mais casos de Leishmaniose do que o bairro Santa Sofia, que é mais rural e com vegetação florestal mais abundante, e rendeu mais capturas de flebotomíneos. Esses pontos não fazem parte do projeto Baixada Verde, mas a Floresta Nacional Mário Xavier, que será um dos pontos turísticos, também é muito favorável para contaminar a doença. Deve haver ações preventivas, de combate e de capacitação dos profissionais que atuam na atenção básica à saúde e de educação permanente e trabalho em saúde. |