Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Gabriella Oliveira Alves Moreira de
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Orientador(a): |
Fortes, Fabio da Silva de Azevedo
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Banca de defesa: |
Fortes, Fabio da Silva de Azevedo
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Goldenberg, Regina Coeli dos Santos
,
Seabra, Sergio Henrique
,
Cortes, Wellington da Silva
,
Marinho, Bruno Guimarães
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e Da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19931
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Resumo: |
Toxoplasma gondii (T. gondii) é o agente causador da toxoplasmose. Este protozoário possui a característica de ser intracelular obrigatório e ter alta prevalência em todo o mundo, em que se acredita ter infectado um terço da população mundial, causando grande morbidade e mortalidade. Dada à complexidade desta doença, diversas pesquisas têm se dedicado ao estudo de estruturas que estejam associadas às doenças parasitárias. Dentre estas estruturas, estão as Junções Comunicantes que são responsáveis pela troca de íons e pequenos mensageiros que mantém a homeostase tecidual. Estes canais transmembranares exercem um importante papel na comunicação intercelular em diferentes tecidos, pois permitem a comunicação em diferentes tipos celulares, incluindo os macrófagos. Com isto, a caracterização morfológica e funcional das junções comunicantes em macrófagos, e em particular formada pela conexina 43 tem sido alvo de estudo de diversos grupos, mas seus mecanismos regulatórios ainda merecem esclarecimentos, principalmente diante de alterações patológicas, como nos processos infecto-inflamatórios causados pelo T. gondii. Diante disto, o objetivo principal deste estudo foi avaliar a modulação das junções comunicantes na linhagem macrofágica J774-G8, após a infecção com o parasito Toxoplasma gondii e a posterior ativação com fatores pró-imuno inflamatórios. Como metodologia, foi utilizada: (1) Cultura de células J774-G8; (3) Infecção da cultura pelo do T. gondii cepa RH; (4) Tratamento com os fatores pró-imuno inflamatórios individuais e conjugados (IFN-γ, TNF-α, IFN-γ + TNF-α); (5) Ensaios imunoeletroforéticos (Western Blot); e (4) Ensaios de imunofluorescência e análise por microscopia confocal. Os resultados gerais achados foram: (1) A melhora no perfil morfológico das culturas de células J774-G8 infectadas com T. gondii tratadas com os fatores pró-imuno- inflamatórios; (2) O aumento da expressão proteica da Cx43 em células J774- G8 infectadas após o tratamento com os fatores imunes pró-inflamatórios, por 24 e 48 horas; (3) A ativação celular estimulada pelo tratamento com fatores conjugados; (4) Os danos no citoesqueleto celular causados pela infecção foram irreversíveis, mesmo após o tratamento com os fatores pró-imuno inflamatórios em células infectadas; (5) O dano ao citoesqueleto impediu o transporte e o ancoramento da Cx43 na membrana plasmática, porém os fatores proveram um aumento dos níveis citoplasmáticos da Cx43. Com isto foi possível concluir que: a infecção com o T. gondii causa danos irreversíveis nas células macrofágicas, porém o tratamento com fatores pró-imuno inflamatórios estimula a produção da Cx43, que mesmo não conseguindo se inserir na membrana plasmática em células infectadas por conta dos danos no citoesqueleto, pode exercer papéis importantes no processo de manutenção da estrutura celular infectada. |