Avaliação do papel do fator de inibição da migração de macrófagos (MIF) na ativação de macrófagos peritoneais e de medula infectados por Toxoplasma gondii

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: FERREIRA, Paula Tatiana Mutão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical e Infectologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1767
Resumo: Introdução: Macrófagos são células imunes com atividade fagocítica e que apresentam plasticidade, adquirindo fenótipos e funções dependendo do microambiente onde são encontradas (MOLAWI et al., 2013). As citocinas são pequenas moléculas secretadas por inúmeras células. O Fator de Inibição da Migração de Macrófagos (MIF) é uma citocina inicialmente descrita devido a sua função de inibir a migração randômica de macrófagos. Atualmente, novas funções têm sido descritas para o MIF, como estimular funções inflamatórias em resposta a infecções por microrganismos, incluindo Toxoplasma gondii. No entanto, a função primordial do MIF relacionada aos macrófagos tem sido pouco abordada. Objetivo: Avaliar a possível participação de MIF nos processos de diferenciação de macrófagos peritoneais e de medula provenientes de animais C57BL/6 WT e C57BL/6 MIF-/- machos fêmeas em resposta à infecção por T. gondii. Materiais e Métodos: Macrófagos peritoneais foram coletados de camundongos machos e fêmeas C57BL/6 WT e MIF-/- após recrutamento com tioglicolato. Células da medula óssea foram coletadas para diferenciação em macrófagos. Macrófagos peritoneais foram tratados com 4-Iodo-6-fenilpirimidina (4-IPP) e infectados ou não por T.gondii durante 24h. Em seguida, o sobrenadante da cultura foi coletado para análise de citocinas, uréia e óxido nítrico. Além disso, os macrófagos foram avaliados quanto à atividade fagocítica e taxas de invasão e proliferação de T. gondii. Resultados: O sexo de camundongos C57BL6 influencia no parasitismo de macrófagos peritoneais e de medula, sendo quem o parasito invade e prolifera mais em macrófagos derivados de camundongos fêmeas. A infecção por T.gondii desencadeou um aumento na produção de MIF no grupo WT, bem como um aumento na secreção de IL-10, TNF, IFN-ƴ, IL-6 e IL-17 nos macrófagos WT e MIF-/-. Em relação à comparação entre os grupos, foi detectado que os macrófagos MIF-/- secretaram mais IL-10 em relação ao WT, por outro lado, os macrófagos WT produziram maiores quantidades de TNF, IFN-ƴ, IL-6 e IL-17. A produção de uréia foi mais evidenciada em macrófagos MIF-/- enquanto a produção de óxido nítrico foi maior em macrófagos WT. T. gondii apresentou maior capacidade de proliferação em macrófagos MIF-/- e essas células também apresentaram atividade fagocítica aumentada. Conclusão: a infecção por T. gondii induz a ativação de macrófagos derivados de camundongos fêmeas estimulando a produção de citocinas. Na presença de MIF, macrófagos infectados por T. gondii produzem citocinas pró-inflamatórias compatíveis com o perfil de ativação de M1. A ausência de MIF causou redução significativa nas citocinas pró-inflamatórias que é equilibrada pelo aumento dos níveis de uréia e citocinas anti-inflamatórias. Esses macrófagos apresentaram capacidade fagocítica aumentada e ativação de características compartilhadas com o perfil M2.