Determinação da composição química e do valor nutritivo do bagaço de cevada em suínos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Vieira, Marcia de Souza lattes
Orientador(a): Vieira, Antonio Assis lattes
Banca de defesa: Vale, Patrícia de Azevedo Castelo Branco do, Gomes, Augusto Vidal da Costa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14888
Resumo: O presente trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a composição química, a energia digestível e a digestibilidade aparente dos nutrientes do bagaço de cevada. Para a análise da composição química foram avaliadas três partidas do BCV de mesma origem. As amostras foram submetidas à análise proximal para determinação da matéria seca (MS), energia bruta (EB), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), matéria mineral (MM), fibra bruta (FB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), macro e microminerais. As médias de 21,59; 5215,29 kcal/kg, 24,89; 10,82; 8,01; 15,99; 66,32; 24,24 e 56,28%, respectivamente, para MS, EB, PB, EE, MM, FB, FDN, FDA e carboidrato total encontradas nas três partidas tiveram valores semelhantes aqueles encontrados na literatura, caracterizando o BCV como um ingrediente de grande potencial para ser utilizado na alimentação de suínos. Para o ensaio de digestibilidade foram utilizados cinco suínos machos castrados com peso médio de 35,0 kg. Os tratamentos consistiram de uma ração controle, formulada para atender as exigências dos suínos na fase de crescimento e uma ração teste, onde o BCV substituiu, na base na matéria seca, 40% da ração controle. Os animais foram alojados em gaiolas de metabolismo por um período de 12 dias, sendo sete dias para adaptação às gaiolas e as dietas e cinco dias para coleta de fezes e urina. Foi utilizado óxido férrico como marcador fecal. Os animais foram pesados no início do experimento e antes de iniciar as coletas para se determinar o consumo de ração que seria ofertado nesta fase. Cada suíno recebeu uma quantidade diária de ração restrita por unidade de peso metabólico (kg0,75). As fezes foram coletadas diariamente no período da manhã e da tarde, identificadas, pesadas e congeladas em freezer. A urina foi coletada uma vez ao dia, identificada, pesada e armazenada em refrigerador. Ao fim do experimento foi feita análise proximal das dietas, BCV, fezes e urina para determinação da digestibilidade dos nutrientes e do balanço do nitrogênio e do fósforo. A energia digestível do BCV foi de 2983 kcal/kg. A substituição de 40% da ração controle por bagaço de cevada alterou o metabolismo de nitrogênio. Houve uma redução na excreção urinária dos animais que receberam o BCV, aumentando a eficiência na utilização do N deste tratamento. Contudo houve redução na retenção do N e na digestibilidade da MS, PB, EE, MM, FDN, FDA, N e P. Concluiu-se que a característica fibrosa do BCV pode ter interferido de forma negativa na digestibilidade dos nutrientes.