Aspectos soroepidemiológicos da infecção por Leishmania sp em equídeos de tração do Distrito Federal, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mello, Nádia Valesca Biral de Oliveira Peixoto lattes
Orientador(a): Angelo, Isabele da Costa lattes
Banca de defesa: Santos, Fernanda Nunes, Silva, Valmir Laurentino
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
IFI
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11784
Resumo: A leishmaniose em equídeos é uma realidade no mundo, sendo esta família descrita como reservatório para a doença desde 1927. Esses animais desenvolvem uma forma cutânea, de caráter benigno, tendo em sua maioria a cura espontânea. No Distrito Federal (DF), equídeos de tração são amplamente usados como meio de transporte e trabalho, estando inseridos diretamente dentro da cidade, em contato íntimo com cães e seres humanos. Vivem na maioria das vezes em currais comunitários, ambientes extremamente insalubres, com poucas condições higiênico-sanitárias, que atraem grande quantidade de insetos. O presente trabalho teve como objetivo determinar a prevalência de anticorpos anti-Leishmania sp. através das técnicas de Imunofluorescência Indireta (RIFI) e do Ensaio Imunoenzimático (ELISA) em equídeos de tração no DF e descrever possíveis variáveis epidemiológicas associadas com esta prevalência. A população de equídeos do DF é estimada em 1682 animais (SEAGRI/DF), distribuídos em 20 regiões administrativas (RA). O cálculo do tamanho da amostra foi realizado de acordo com Medronho (2009) e os animais foram selecionados de forma aleatória em cada RA, sendo 178 (43,31%) sororreagentes no ELISA, 197 (47,93%) na RIFI e 111 (27,01%) reagentes em ambas a técnicas ELISA/RIFI. Foi utilizado um questionário semiestruturado e as variáveis associadas com a prevalência de anticorpos foram analisadas pelo Qui quadrado, no programa BioEstat, versão 5.0. As seguintes variáveis foram consideradas significativas (p 0,05): sexo, tempo de permanência com o proprietário e se os animais já deixaram o DF, quando analisados os animais reagentes na RIFI; sexo, localidade, métodos de redução de insetos no ambiente, tempo de permanência com o proprietário e se os animais já deixaram o DF, quando analisados os animais reagentes no ELISA e; sexo, usar repelente nos animais, se os animais já deixaram o DF, mucosa ocular e, entrada em áreas com córrego, quando analisados os reagentes na RIFI/ELISA. Novos estudos que possam auxiliar no melhor entendimento da participação dos equídeos na manutenção do ciclo epidemiológico de Leishmania sp serão de grande importância e possibilitarão a preconização de medidas de controle mais eficientes. O presente trabalho colaborou ao demonstrar a possibilidade de equídeos estarem se infectando e apresentando um papel importante na cadeia epidemiológica de Leishmania sp e na manutenção da doença no território do DF.