Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Sarmento, Rayana da Rocha
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Orientador(a): |
Amaral Sobrinho, Nelson Moura Brasil do
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Banca de defesa: |
Amaral Sobrinho, Nelson Moura Brasil do,
Breda, Farley Alexandre da Fonseca,
Santos, Fabiana Soares dos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia - Ciência do Solo
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15825
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Resumo: |
Na Região Serrana do Rio de Janeiro, o aumento dos teores de metais pesados no solo causado pelo uso intensivo de agroquímicos e adubos orgânicos, pode causar sérios prejuízos ao meio ambiente e reduzir a produtividade e a qualidade das hortaliças cultivadas. Para essa região, o presente trabalho teve como objetivos: estabelecer os valores de referência de biodisponibilidade (VRB) para Zn, Ni e Cd e fazer uma avaliação da contaminação por esses três metais, de áreas cultivadas com hortaliças de folha, com base nos valores de referência de qualidade e de biodisponibilidade. No primeiro capítulo, para o estabelecimento dos VRBs, foram coletadas amostras de solo em áreas de baixa atividade antrópica, com cobertura de mata e pastagem extensiva, na profundidade de 0-20 cm. A determinação dos teores pseudototais foi realizado pelo método EPA 3051A, e o fracionamento geoquímico pelo método BRC modificado. Os extratos foram analisados em aparelho Espectrometria de Emissão com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-OES). Foi verificado, através dos resultados obtidos para atributos de solo e teores de Cd, Zn e Ni, de áreas de mata e de pastagem, que não há diferença significativa entre os dados avaliados, indicando que ambas as coberturas podem ser utilizadas para determinar os VRQs e VRBs. Os VRBs para Zn, Ni e Cd foram estabelecidos pelo percentil 75, para três grupos de solos. Os VRBs para G1 foram de: 4,52 para Zn; 0,59 para Ni, e 0,01 para Cd; para G2 foram de: 8,81 para Zn; 0,55 para Ni, e 0,08 para Cd; e para G3 de: 5,18 para Zn; 0,65 para Ni, e 0,03 para Cd. No segundo capítulo, utilizaram-se os índices de poluição (IP) e de biodisponibilidade (IB) para avaliação do grau de contaminação e dos riscos associados à transferência desses três metais para as hortaliças de folhas. Foram coletadas 205 amostras de solo (0-20) e de hortaliças de folha (couve comum, alface e salsa). Os teores pseudototais de Cd, Zn e Ni foram determinados pelo o método USEPA 3050B e o fracionamento geoquímico pelo método BCR. As hortaliças coletadas foram analisadas para determinação, desses três metais, pelo método USEPA 3050. Os índices de poluição (IP) e de biodisponibilidade (IB) foram calculados com base nos VRQs e VRBs estabelecidos para a Região Serrana. A análise de agrupamento a partir dos teores pseudototais de Cd, Zn e Ni, determinou a formação de 2 grupos. Os IPs no G1 caracterizaram uma severa contaminação para Zn, Ni e Cd. Para o G2, somente para o Cd foi observada uma severa contaminação. Com relação ao IBs, no G1 para o Cd foi verificado um valor muito elevado, entretanto para Zn e Ni esses valores foram muito baixos. Os resultados obtidos apontam, para as áreas de produção de hortaliças de folha, elevados riscos de transferência de Cd para cadeia alimentar. Dentre as hortaliças folhosas cultivadas na região, a couve apresentou teores médios de Cd acima do o limite máximo estabelecido por agência regulatória brasileira. Os valores de ingestão diária estimada (IDE) para Cd, Zn e Ni foram baixos devido ao baixo consumo médio dessas hortaliças no Brasil. De igual forma, os valores de coeficiente de risco alvo não-cancerígeno foram considerados toleráveis (THQ < 1), ao analisar-se os elementos e cenários possíveis. |