Aspectos epidemiológicos e moleculares de Ehrlichia canis em cães domiciliados em municípios com diferentes altitudes no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Débora Martins dos lattes
Orientador(a): Santos, Huarrisson Azevedo lattes
Banca de defesa: Santos, Huarrisson Azevedo lattes, Peixoto, Maristela Peckle lattes, Thomé, Sandra Maria Gomes lattes, Souza, Aline Moreira de lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19713
Resumo: A Erlichiose Monocítica Canina é uma das doenças mais diagnosticadas na rotina da clínica veterinária de pequenos animais. O estudo objetivou analisar a epidemiologia e a variabilidade genética da sequência 16S rRNA de Ehrlichia canis em amostras de sangue de cães domiciliados em municípios do estado do Rio de Janeiro: Barra do Piraí, Paracambi, Petrópolis e Teresópolis; em diferentes gradientes de altitude, pelo período de um ano. Um total de 456 amostras de sangue foram coletadas para análise epidemiológica e molecular. O DNA total foi extraído das amostras com a utilização do Kit comercial de extração DNeasy Blood & Tissue kit QIAGEN. As amostras de DNA foram submetidas a qPCR com alvo na sequência 16S rDNA, seguindo protocolo previamente descrito na literatura. Posteriormente, foram realizadas duas reações de PCR convencional, também descritas na literatura, objetivando caracterizar a sequência 16S rRNA das amostras positivas. No modelo de regressão logística, foi observada uma associação entre a frequência de cães positivos para E. canis e a altitude (p<0.002). Os cães domiciliados nos municípios de baixa altitude demonstram 2,18 vezes mais chances de infecção por E. canis quando comparados com os cães domiciliados em municípios de elevada altitude. As variáveis relacionadas ao acesso a ambiente urbano, infestação por carrapatos Rhipicephalus sanguineus s.l e cães com raça definida também foram associados à presença do DNA de E. Canis. As variáveis ambientais como altitude, área de acesso dos cães, infestação por carrapatos e cães com raça explicam 73% a ocorrência de E. canis nas regiões estudadas. Esses resultados demonstram que a altitude exerce influência sobre os determinantes causais e a frequência da infecção por E. canis em cães nos municípios estudados, assim como as características intrínsecas ao cão. Na análise filogenética todas as sequências se agruparam dentro do clado de E. canis, o que demonstra que a sequência 16S rRNA é um excelente marcador filogenético para classificações taxonômicas. No entanto, por ser bastante conservado, não é tão bom para avaliar diversidades genéticas. As sequências provenientes das amostras coletadas no município de Teresópolis possuem maior variabilidade genética quando comparadas com as sequências obtidas no município de Paracambi. É possível que essa diversidade se dê por condições ambientais que ainda precisam ser elucidadas.