Tamanho de primeira maturação, idade e crescimento de Micropogonias furnieri (Desmarest, 1823) na Baía de Ubatuba, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Rosa da Silva
Orientador(a): Araújo, Francisco Gerson
Banca de defesa: Araújo, Francisco Gerson, Brotto, Daniel Shimada, Ambrósio, Ângela Maria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10740
Resumo: A corvina Micropogonias furnieri é um dos recursos pesqueiros mais importantes das pescarias artesanais nas zonas costeiras do sudeste do Brasil. Apesar de ser um dos peixes mais estudados nos aspectos bioecológicos, existem amplas variações nas informações disponíveis, como a indicação de diferentes populações ou estoques, o que faz necessário uma constante revisão dos parâmetros reprodutivos e de crescimento nas diferentes áreas de ocorrência. Neste estudo, baseados no estoque de corvinas que é explorado pela pesca artesanal de Ubatuba, SP, foram determinados os parâmetros reprodutivos e de crescimento desta espécie, comparando-os com as informações disponíveis, bem como foram avaliadas suas utilidades em medidas de conservação. Foi utilizado um total de 359 indivíduos (140 fêmeas e 219 machos), com comprimento total variando de 200 a 800mm para as fêmeas e 200 a 470 mm para machos. Estes indivíduos foram provenientes de capturas realizadas com redes de espera (malha 10-12cm), obtidos em visitas semanais, entre agosto de 2010 a julho de 2011. O comprimento de primeira maturação gonadal (C50) foi de 315 e 320mm para machos e fêmeas, respectivamente, sendo superior a maioria dos tamanhos reportados na literatura para a região, e superior ao tamanho mínimo de captura estabelecido pela lei (Ct = 25cm). Após leituras de anéis etários em secções dos otólitos sagittae, foi verificado que a equação da curva de crescimento em tamanho em função do tempo para as fêmeas foi Ct = 60×(1–e -0,051t -2,11) e para machos foi Ct = 52,38×(1–e -0,053t -2,78). Estes resultados confirmam o crescimento lento da espécie na fase adulta. Também foi constatado que embora a espécie tenha um longo período reprodutivo (março a dezembro) somente um anel é formado a cada ano. Pela primeira vez foi constatada a grande longevidade desta espécie (no mínimo 26 anos) para a região Sudeste, uma vantagem do uso de otólitos comparados às escamas.